A Volkswagen anunciou neste domingo (23) que cancelou o layoff na unidade de Taubaté (SP) devido ao bom desempenho do mercado. O layoff é uma suspensão temporária dos contratos de trabalho, em que os trabalhadores têm parte dos salários pagos pela empresa, além de ajuda do governo federal. A parada seria de dois meses.
No entanto, a montadora vai conceder férias coletivas de 10 dias para os dois turnos da unidade a partir do dia 31 deste mês. A fábrica de São José dos Pinhais (PR) segue com um turno em layoff desde 5 de junho. As unidades Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), e São Carlos (SP -motores) estão operando normalmente.
“Em razão do desempenho positivo do modelo Polo, a Volkswagen do Brasil decidiu ajustar as medidas de flexibilidade para a fábrica de Taubaté (SP), cancelando o lay-off previsto para iniciar em 1º de agosto, com duração de dois meses para um turno de produção, e aplicando férias coletivas de dez dias para os dois turnos da unidade, iniciando em 31/7”, diz nota.
A medida havia sido anunciada há cerca de uma semana, pouco depois do fim do programa de subsídio para venda de carros do governo federal. De acordo com a montadora, a flexibilização de contratos está prevista em acordo coletivo firmado entre o sindicato e funcionários.
A fábrica de Taubaté é responsável pela produção do Polo Track e do Novo Polo. O veículo foi um dos poucos a registrar alta nas vendas em seu segmento entre os meses de abril e maio, com crescimento de 25,9% sobre abril.
A venda de veículos novos teve queda depois do anúncio do programa do governo, enquanto não se sabia detalhes. Os emplacamentos caíram cerca de 30% de 25 a 30 de maio, na comparação com o mesmo período de abril, segundo dados obtidos pela Folha de S.Paulo.
A montadora afirmou que o cancelamento do layoff em Taubaté é uma medida positiva, pois permitirá a retomada das atividades da fábrica e a geração de empregos. A empresa também afirmou que continuará monitorando o mercado para tomar as medidas necessárias para garantir a sustentabilidade de suas operações.
GAZETA BRASIL