O Ministério da Economia da Argentina anunciou que fechou um acordo com o Catar para obter um empréstimo de US$ 775 milhões (R$ 3,8 bilhões) a fim de pagar suas dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo informações da agência Reuters, o dinheiro será utilizado para quitar as dívidas do país latino-americano com o FMI, que vencem hoje.
A Argentina está enfrentando uma crise econômica grave, com alta inflação e queda nas reservas do banco central, além de ter que fazer o pagamento ao FMI. O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, afirmou na segunda-feira (31) que o país não utilizaria suas próprias reservas para pagar o FMI. O empréstimo do Catar será realizado com uma taxa de juros variável aplicável aos SDRs (moedas do FMI), que está atualmente em 4,033% ao ano.
Os fundos serão utilizados para pagar o vencimento da Argentina com o FMI em 4 de agosto de 2023. Massa também confirmou na segunda-feira que o pagamento será feito com um empréstimo-ponte de US$ 1 bilhão do banco regional de desenvolvimento CAF e US$ 1,7 bilhão da segunda parcela de um swap com a China. Esses movimentos foram feitos recentemente para completar parte de um pagamento de junho ao FMI.
De acordo com a AFP, o acordo de crédito prevê que o Catar empreste à Argentina Direitos Especiais de Saque (DES, moeda reservada nos cofres do FMI) no valor de US$ 775 milhões. No dia 13 de agosto ocorrerão as eleições primárias para definir os candidatos que concorrerão à eleição presidencial de 22 de outubro, assim como a renovação de metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado.
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