Durante participação na Cúpula da Amazônia, realizada nesta terça-feira, 8, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu o fim do uso de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, tecendo críticas veladas a lideranças progressistas que defendem esse tipo de projeto, como é caso do governo Lula. Ele afirmou que, se a floresta produzir petróleo, os países da região "estarão matando a humanidade" porque a Amazônia deixará de ser uma "esponja" de dióxido de carbono. Petro defendeu que não basta mais atingir a meta de desmatamento zero para absorver todas as emissões lançadas na atmosfera. “A solução é deixar o petróleo, o carvão e o gás”, reforçou. “É possível manter uma linha política desse nível? Apostar na morte e destruir a vida? Ou devemos propor algo diferente, que é o que chamo de sociedade descarbonizada?”, complementou.
O colombiano também sugeriu a criação de um tribunal ambiental internacional para julgar atos ilegais na região, que atuaria de forma similar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O grupo atuaria na defesa da Amazônia, fazendo uso de armas. “Se o motor da Amazônia está cada vez mais ilegal e representa um crime contra a humanidade, como defender a vida? Com razões, mas também com armas”, argumentou. Em seu discurso, Petro ainda pediu que fosse criado centro comum de pesquisas científicas com a participação de pesquisadores dos oito países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para que fossem realizados estudos sobre a floresta tropical.
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