Muitos dos que gostam de vinhos hoje em dia, até de forma apaixonada, começaram a bebe-los a partir do Liebfraumilch, que, por conta de uma ou outra adversidade, passou a ser sinônimo de vinho sem qualidade.
Muitos dos que gostam de vinhos hoje em dia, até de forma apaixonada, começaram a bebe-los a partir do Liebfraumilch, que, por conta de uma ou outra adversidade, passou a ser sinônimo de vinho sem qualidade. Liebfraumilché um vinho branco semi-doce de origem alemã, produzido nas regiões de Hesse-Renânia , Mosela-Saar-Ruwer, Pfalz e Francônia. O famoso, antes venerado e hoje desprezado tipo de vinho branco alemão, que vinha na garrafa azul , tem um nome que no Brasil e no mundo, quase todos traduzem como “leite da mulher amada”. Na verdade, Liebfrau significa “Nossa Senhora” em alemão. Os vinhos eram originalmente produzidos nos vinhedos dos arredores da "Liebfrauenstift Church" (Igreja de Nossa Senhora). Seria lógico então que a tradução correta fosse: "O leite de Nossa Senhora", o que é errado. Milch, é uma forma arcaica alemã de Minch ou Monck (monge). Então, significa Monge de Nossa Senhora. Reparem que em quase todas as garrafas há desenhos religiosos que comprovam o que aqui afirmo.
Curiosamente este vinho estive entre os vinhos mais caros produzidos na Europa. No entanto, popularizando-o, em 1910, a Câmara de Comércio de Worms permitiu que o título fosse usado em Rheinhessen, Pfalz, Nahe e Rheingau. Vale destacar que as uvas utilizadas devem ser no mínimo 70% Riesling, Silvaner, Kerner ou Müller-Thurgau, realçando-se que a maioria dos produtores optam por Müller-Thurgau. As uvas são colhidas manualmente e prensadas congeladas. Obtém-se um mosto de uva muito concentrado, do qual se obtém vinho fermentado de qualidade. A verdade é que este vinho, quer queira ou não, marcou uma geração e, ainda, hoje há os saudosistas que procuram por ele. Pouca oferta tem no mercado, mas ainda é possível encontrá-lo em algumas prateleiras aqui no Brasil. Salut!!