Quando Tiquinho Soares se machucou e a diretoria do Botafogo rapidamente contratou Diego Costa para suprir a ausência do seu artilheiro, muita gente torceu o nariz ou fez olhar de desconfiança.
Quando Tiquinho Soares se machucou e a diretoria do Botafogo rapidamente contratou Diego Costa para suprir a ausência do seu artilheiro, muita gente torceu o nariz ou fez olhar de desconfiança. Mas a partir deste domingo, poucas pessoas devem contestar a medida, uma vez que Diego Costa, em sua primeira vez como titular, marcou dois gols na vitória do Botafogo por 3 a 0 em cima do Bahia, no Engenhão, pela 21.ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Mais uma vez o Botafogo foi letal, marcando seus gols em erros de seu adversário. Um no começo do primeiro tempo, que deu tranquilidade ao time, e outro no início do segundo tempo, jogando água fria na possível reação baiana. A vitória também serviu para apagar o mal estar gerado com o empate por 1 a 1 diante do Defensa Y Justicia pelas quartas de finais da Copa sul-americana.
Uma prova a mais de que o Botafogo está no caminho certo para alcançar o título brasileiro desta temporada. Com 100% de aproveitamento como mandante, com 11 vitórias de um total de 16 em 21 jogos, o time carioca atingiu 51 pontos e continua na liderança isolada, bem na frente do Palmeiras, o seu principal perseguidor neste momento. O Bahia segue bastante irregular, com 21 pontos ocupa a 16.ª posição, flertando com a zona de rebaixamento.
Na primeira falha do visitante e o Botafogo comprovou sua eficiência. A defesa visitante saiu errado com o zagueiro Vitor Hugo e a recuperação de bola botafoguense foi rápida, com Victor Sá encontrando o centroavante Diego Costa na área. O passe foi perfeito e a finalização precisa, apesar do leve desvio nas mãos do goleiro Marcos Felipe: 1 a 0, aos três minutos.
Mas o Bahia não se intimidou, equilibrou as ações e tentou chegar no ataque com perigo. Criou chances com Ademir e Vinícius Mingotti, mas as desperdiçou. Os jogadores dos dois times foram para os vestiários tensos, gerando apreensão maior ainda nas arquibancadas com o torcedor botafoguense preocupado.
Mas bastou o jogo recomeçar, no segundo tempo, para o Botafogo de novo marcar. De novo com outro erro na saída de bola do Bahia, desta vez com o próprio Marcos Felipe. A bola sobrou para Gabriel Pires que arrancou pelo lado esquerdo e foi até a linha de fundo, de onde levantou para a área. Diego Costa cabeceou, a bola não saiu tão forte mas, mesmo assim, o goleiro Marcos Felipe deixou a bola passar por baixo do seu corpo. Botafogo, 2 a 0, aos cinco minutos.
Este gol esfriou por total o Bahia, que ainda tentou ri ao ataque. Mas era tudo que o Botafogo queria para usar sua principal característica: o contra-ataque. Prova disso foi o terceiro gol, aos 30 minutos. Hugo recuperou a bola dentro da área, de onde saiu com a bola dominada e teve a calma para lançar Lis Henrique em velocidade. Sozinho ele avançou perto de 30 metros, entrou na área, driblou o goleiro e tocou rasteiro para as redes. Botafogo, 3 a 0, tudo liquidado.
Uma vitória incontestável que derrubou a desconfiança de seu torcedor, ainda esperançoso de chegar à semifinal da Sul-Americana. O jogo de volta contra o Defesa Y Justicia acontece na próxima quarta-feira, na Argentina. No outro fim de semana, o teste será difícil para o líder que fará o clássico com o Flamengo, no Engenhão, no próximo sábado.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 3 X 0 BAHIA
BOTAFOGO – Lucas Perri; JP Galvão (Mateo Ponte), Adryelson, Victor Cuesta e Hugo; Marlon Freitas, Gabriel Pires (Danilo Barbosa) e Eduardo; Victor Sá (Luis Henrique), Diego Costa (Janderson) e Segovinha (Diego Hernández). Técnico: Bruno Lage.
BAHIA – Marcos Felipe; Gilberto, Janu, Vitor Hugo e Camilo Cândio; Rezende, Thaciano (Yago Felipe) e Cauly (Léo Cittadini); Ademir (Everaldo), Vinícius Mingotti (Vitor Jacaré) e Rafael Ratão (Biel). Técnico: Renato Paiva.
GOLS – Diego Costa, aos 3 do primeiro e aos 5 minutos do segundo tempo; e Luis Henrique, aos 30 do segundo.
CARTÕES AMARELOS – Diego Costa e Janderson (Botafogo). Vinícius Mingotti, Cauly e Yago Felipe (Bahia).
ÁRRBITRO – Flávio Rodrigues de Souza (SP)
RENDA – R$ 1.322.700,00
PÚBLICO – 35.556 pagantes / 39.610 presentes
LOCAL – Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).