O deputado estadual Júlio Campos (União) fez alguns alertas ao governo do Estado sobre as recentes polêmicas envolvendo a Saúde. O parlamentar foi um dos seis que assinaram o requerimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que deve apurar as denúncias referentes a um suposto cartel na saúde.
Em entrevista à Rádio Cultura 90.07, Júlio Campos explicou que assinou o requerimento para a abertura da CPI justamente por confiar no trabalho do governador Mauro Mendes (União). Para que a comissão seja instalada são necessárias oito assinaturas e até o momento seis deputados assinaram.
"Eu acredito que realmente possa ter alguns exageros, mas que tem alguma coisa errada, tem. Não resta dúvida", afirmou Júlio ao considerar que acha difícil que a comissão seja instalada na Assembleia. "Acho muito difícil, pelo que eu sinto na Assembleia Legislativa, essa CPI prosseguir".
Além da CPI da Saúde, Júlio Campos, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, uma das responsáveis por avaliar os documentos apresentados pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) referentes à intervenção em Cuiabá, explicou que deve nomear o deputado Dr. Eugênio (PSB), que é médico, como relator. "Médico do Araguaia. E ele deve entender bem de saúde".
Júlio reconheceu melhorias na saúde da capital após o Gabinete de Intervenção assumir a Secretaria Municipal de Saúde e a Empresa Cuiabana de Saúde, mas criticou o fato de a interventora Daniela Carmona se recusar a pagar dívidas que seriam anteriores ao período em que ela assumiu a gestão.
"Isso não é possível. A administração pública é uma continuidade, não é porque outro assume que não vai pagar a conta do anterior", comentou o deputado ao alegar que empresários que dependem do pagamento estão sob risco de 'fecharem as portas'.
O que o deputado pontua é que essa seria a única falha. "Acredito que o Emanuel Pinheiro vai receber em termos de funcionalidade a Secretaria de Saúde bem melhor após esse período de nove meses de intervenção estadual".
Confira a entrevista na íntegra:
PBN Online