O Instituto Pasteur, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, informou nesta sexta-feira (15) que, após sequenciamento genético, foi identificada a variante de morcego na amostra coletada em um cachorro que morreu de raiva no Butantã, Zona Oeste da capital paulista, no mês passado.
O Instituto Pasteur, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, informou nesta sexta-feira (15) que, após sequenciamento genético, foi identificada a variante de morcego na amostra coletada em um cachorro que morreu de raiva no Butantã, Zona Oeste da capital paulista, no mês passado.
Inicialmente, o instituto havia informado que tratava-se de raiva canina, o que seria o primeiro caso em 40 anos na cidade. O Instituto Pasteur é o responsável pelo controle de risco relativos à raiva e outras encefalites virais na cidade.
O Ministério da Saúde e a Vigilância Epidemiológica do município foram comunicados.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, todas “as ações previstas para este tipo de ocorrência foram realizadas pelo poder municipal, responsável pela investigação epidemiológica e acompanhamento do caso e dos contatantes.”
Entre 2002 e 2023, houve 37 casos positivos para a raiva por variante de morcego, sendo 15 em cães e 22 em gatos. Desta forma, é esperado que casos esporádicos ocorram entre animais domésticos e animais silvestres.
O animal que morreu era um filhote que foi resgatado por uma mulher do Butantã. Ele foi levado para uma clínica veterinária em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. O estado do animal piorou e foi preciso sacrificá-lo.
Sete pessoas que tiveram contato com o cachorro receberam a vacina e medicação contra a doença.
A raiva é uma doença que ataca o sistema nervoso e o cérebro. Mordidas e arranhões são a principal forma de transmissão. Quando os sintomas começam a se manifestar, ela é fatal, em praticamente 100% dos casos.
A Prefeitura de São Paulo disponibiliza imunização gratuita contra a raiva para cães e gatos, durante todo o ano, em 18 postos fixos espalhados pela cidade, assim como em postos volantes distribuídos pelo município.
“A vacinação contra a doença deve ser feita anualmente e é importante para manutenção do controle da doença nas populações caninas e felinas e, consequentemente, à saúde da população humana”, diz a administração municipal.
Desde o início do ano, até julho, foram vacinados contra raiva 155.560 animais, sendo 97.666 cães e 57.894 gatos pelo Sistema Municipal de Vigilância.
A vacina antirrábica nos animais deve ser aplicada a partir dos três meses de idade. Animais com diarreias, em tratamento ou convalescendo de cirurgias devem aguardar a recuperação. A imunização tem validade de um ano para animais domésticos. A lista completa dos postos de vacinação pode ser consultada no link .
Em casos de acidentes por mordedura ou arranhadura de cães e gatos, deve-se procurar imediatamente o atendimento médico para avaliação e conduta. Consulte neste link, unidades de referência.