A médica Renata Fontoura, de 24 anos, que teve 70% do corpo queimado na explosão de um prédio em Campos do Jordão (SP), recebeu alta nesta semana, após passar quase cinco meses internada em um hospital de São Paulo (SP).
Renata é uma das quatro vítimas da explosão no condomínio Saint Ettiene. O acidente, que destruiu 10 apartamentos, aconteceu no dia 22 de abril, quando a cidade recebia milhares de turistas no feriado prolongado de Tiradentes.
O caso de Renata foi o mais grave entre as quatro pessoas feridas. Enquanto os outros três feridos receberam alta em menos de uma semana, a jovem ficou 144 dias internada no Hospital Nove de Julho, na cidade de São Paulo, sendo a maior parte do tempo na UTI.
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Renata Fontoura é de Novo Mundo (MT), que fica a 757 km de Cuiabá. Recém-formada em medicina na Universidade Federal de Mato Grosso, a jovem estava em Campos do Jordão com o namorado para passar o feriado de Tiradentes.
O casal alugou um apartamento no condomínio que explodiu. No momento do acidente, os dois estavam no andar térreo, em uma sala.
Segundo Veronilda, mãe de Renata, uma laje caiu sobre a jovem, mas ela ficou isolada por um bolsão de ar e conseguiu gritar para o namorado ajudá-la. O rapaz sofreu apenas uma queimadura no braço, sem gravidade.
Com lesões graves e cerca de 70% do corpo queimado, segundo o Samu, Renata foi socorrida e precisou ser transferida para o hospital em São Paulo.
As outras três vítimas são duas adolescentes de 14 anos e uma mulher de 52. Elas foram socorridas e já foram liberadas do hospital na mesma semana.
O que aconteceu?
A explosão aconteceu por volta das 20h do dia 22 de abril, no condomínio Saint Ettiene, que fica na Rua dos Manacás, no Morro do Elefante. 10 dos 32 apartamentos do imóvel ficaram destruídos e quatro pessoas ficaram feridas.
Turistas relataram ao g1 que os vidros de imóveis próximos tremeram e houve um forte barulho. Carros ficaram sob escombros e destroços foram lançados à distância.
O que provocou a explosão?
Laudo realizado pela perícia da Polícia Civil apontou que a explosão no condomínio foi provocada pela liberação de gás em um apartamento do primeiro andar do prédio seguido de uma faísca elétrica .
De acordo com o laudo, a explosão aconteceu entre a sala e a cozinha do apartamento 109 e foi causada por uma "liberação de gás GLP pelo terminal de conexão do ponto destinado a lareira".
Ainda segundo a conclusão da perícia, o registro do terminal estava aberto e, com isso, houve um grande acúmulo de gás no local, muito superior ao dos outros apartamentos, que estavam com o registro fechado. Na sequência, uma faísca elétrica causou a explosão.
O local estava com toda documentação em dia?
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) apresentado pela administração do condomínio tinha validade até agosto de 2027. A última vistoria no local havia sido feita em agosto do ano passado.
No momento da explosão, 26 pessoas estavam no prédio, sendo que quatro ficaram feridas. O condomínio Saint Ettiene é composto por 32 apartamentos e tem característica residencial, mas a maioria dos proprietários aluga para turistas por meio de plataformas de hospedagem.
G1