As equipes de trabalho resgataram nas últimas 72 horas um total de 450 corpos sob os escombros em Derna, no leste da Líbia, a mais cidade afetada pelo ciclone Daniel, que deixou ao menos 7 mil mortos e 10 mil desaparecidos informou o chefe da comissão de busca e identificação de pessoas desaparecidas, Kamal Al-Siwul. A ajuda internacional continua chegando e a comissão de emergência criada pelo Governo de Unidade Nacional (GNU), sediada em Trípoli e reconhecida pela comunidade internacional, anunciou a chegada de mais de 38 aviões e cinco navios humanitários de 16 países de todo o mundo. Por ordem do Conselho Presidencial, que funciona como chefe de Estado, a Procuradoria nomeou os peritos e engenheiros encarregados de investigar o rompimento das duas barragens que despejaram 33 milhões de litros de água no centro desta cidade, destruindo em sua passagem bairros, pontes e estradas. "Serão tomadas medidas firmes e dissuasivas contra os envolvidos no desastre de Derna, que ceifou a vida de milhares de pessoas", disse o promotor Al-Siddiq Al-Sur. Por sua vez, o diretor do Centro Nacional de Controle de Doenças, Haider Al-Sayeh, informou ter registrado pelo menos 55 casos de água contaminada, o que pode representar um problema de saúde pública. A Prefeitura desta localidade advertiu para o perigo de contaminação das águas subterrâneas. Ao ingerir esta água, os sobreviventes estão a doenças, como diarreia e cólera, e, também, a desidratação.
A ajuda humanitária enviada até o momento é uma "gota no oceano", lamentou o Unicef, apelando aos doadores para angariar 67 milhões de euros para cobrir as necessidades de 250 mil vítimas durante um trimestre. Apesar da urgência da situação, as autoridades em conflito não conseguiram unificar as suas políticas, que alguns analistas descrevem como “gestão caótica”, embora ambas tenham solicitado separadamente ajuda humanitária na última segunda-feira e declararam três dias de luto nacional.
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