Chefe da arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Wilson Seneme disse que não vai afastar o juiz Anderson Daronco pela polêmica ocorrida no clássico entre Corinthians e Santos, no último domingo, 29, na Neo Química Arena, em duelo válido pelo Brasileirão. Em vídeo divulgado nesta terça-feira, 31, Seneme afirmou que a decisão do árbitro em assinalar a penalidade a favor do Peixe foi “interpretativa”. Na ocasião, Daronco marcou o pênalti de Bruno Méndez em Yeferson Soteldo, já nos acréscimos do segundo tempo. Inicialmente, ele não viu a infração, mas mudou de opinião após ser chamado pelo VAR e rever a jogada. Na cobrança, Steven Mendoza não perdoou e igualou a partida em 1 a 1. “Aqui é uma jogada interpretativa que me remete a duas perguntas principais: quem tem a posse da bola e quem joga? Quem joga a bola e quem propõe o contato? Isso é fundamental para a análise de cada um. Aqui, eles (árbitros) analisaram que quem propõe o contato é o defensor e quem joga a bola é o atacante, apesar de o defensor ter tentado tocar a bola, o defensor não toca, quem toca é o atacante. A partir disso, o Anderson interpreta como uma ação imprudente”, comentou Seneme, no programa “Papo de Arbitragem”, divulgado semanalmente pela CBF em seu canal no YouTube.
Logo após o Clássico Alvinegro, o presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, prometeu que cobraria a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). “A indignação que o torcedor está sentindo todos nós também estamos: todo o vestiário, todos os atletas, o treinador. Foi um absurdo o que aconteceu aqui. A gente já viu afastarem árbitros sem nome, menos experientes. Não sei o que eles vão fazer, mas espero que não aconteça mais, nem com o Corinthians nem com ninguém. O VAR está aí para isso. Pode até errar com o VAR, mas o lance fica muito claro. Todos nós vimos. Na hora que ele foi para a tela, o Brasil inteiro viu a imagem que ele viu: tem um pisão, e não é pênalti, mas ele deu”, disse o mandatário do Timão. Diretor de futebol do Corinthians, Alessandro Nunes, reforçou o posicionamento de Duílio. “É um absurdo. É muito simples analisar um lance como aquele: o pé do Bruno está no chão, o Soteldo vem, pisa e se joga. Nós iremos até a CBF, vamos cobrar a Comissão de Arbitragem e vamos aguardar uma manifestação. Em lances assim eles geralmente divulgam os vídeos do que aconteceu, e queremos uma análise clara. Queremos saber o que levou à marcação do pênalti se o Soteldo é quem pisa no pé do Bruno”, disse.
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