Casos de meningite estão sendo registrados em todo o estado de Mato Grosso. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-MT), o estado soma 48 casos de meningite, de janeiro a setembro de 2022. Deste total, nove pessoas não resistiram e morreram. Entre as vítimas, estão crianças menores de um ano até adultos de 35 a 49 anos.
A meningite é uma infecção das meninges, membranas que envolvem o cérebro e protegem o sistema nervoso central, geralmente causada por vírus ou bactérias, sendo a última mais grave. Os sintomas podem ser confundidos com gripes e resfriados, como febre, vômito, dor de cabeça, mal-estar, náusea, fotofobia e falta de apetite. Em bebês, inquietação com choro agudo, rigidez corporal ou corpo mole, acompanhado de movimentos involuntários. Aguns sintomas mais graves incluem convulsões, delírio, tremores e coma.
A doença não tem idade, mas crianças ainda são as mais afetadas, principalmente as menores de 5 anos. E se não tratada, pode evoluir rapidamente e deixar sequelas, como gangrena dos pés, pernas, braços e mãos que, por vezes, podem resultar em amputação, perda de sentidos, cicatrizes e até a morte. Ela se divide em cinco tipos: A, B, C, W e Y.
Mesmo que não haja alerta de surto da doença no estado, pais e responsáveis devem vacinar as crianças, a fim de evitar o aumento de casos, uma vez que a cobertura vacinal está baixa, não só em Mato Grosso, como em todo o país. As vacinas protegem contra as variações da doença e ainda são a forma mais eficazes de prevenção.
O Ministério da Saúde (MS) aponta que, esse ano, 98,5% do público de um a quatro anos foi vacinado contra a doença. Em 2021, esse número era de 98,6%. Entre os menores de um ano, apenas 54,32% está imune.
Em geral, a transmissão dá-se pelas vias respiratórias, como gotículas e secreções do nariz e da garganta, através do consumo de água e alimentos contaminados ou por meio de fecal-oral (troca de fraldas por exemplo), por contato próximo com a pessoa infectada ou objetos ou superfícies com o vírus.
REPÓRTER MT