Nesta segunda-feira, o Magazine Luiza anunciou a identificação de “equívocos” nos registros contábeis relacionados a bonificações concedidas por fornecedores.
Nesta segunda-feira, o Magazine Luiza anunciou a identificação de “equívocos” nos registros contábeis relacionados a bonificações concedidas por fornecedores. A empresa iniciou uma investigação em março, desencadeada por uma denúncia anônima, resultando na revisão das demonstrações financeiras referentes a 2022 e aos dois primeiros trimestres deste ano.
Segundo a companhia, as notas de débito utilizadas para registrar contabilmente as receitas provenientes das bonificações foram emitidas pela própria empresa e assinadas pelos fornecedores, porém, não observaram de maneira precisa as obrigações de desempenho, as quais variam de acordo com as particularidades de cada transação, conforme estipulado pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis).
A correção das “incorreções” resultou em um ajuste de R$ 829,5 milhões no patrimônio líquido da varejista. No entanto, foram deduzidos créditos fiscais de PIS/COFINS sobre bonificações recebidas de fornecedores, gerando um ajuste de R$ 322,1 milhões no balanço do terceiro trimestre, divulgado nesta segunda-feira.
Segundo informações do jornal O Globo, após a correção, o conselho de administração determinou a implementação de medidas para o “aperfeiçoamento dos mecanismos de controles internos da companhia.” Estas medidas incluem:
A empresa afirma que, considerando todos os ajustes, o impacto total no patrimônio líquido do Magazine Luiza foi de R$ 322 milhões, o que equivale a 1% dos ativos da companhia.
O Magazine Luiza não reconhece indícios de fraude envolvendo o balanço da empresa. No entanto, o caso mostra que os números de mais uma grande varejista brasileira não eram exatamente aqueles que vinham sendo acompanhados pelos investidores.