O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), alertou a Justiça sobre a falta de punição à Enel depois dos problemas de fornecimento de energia elétrica para a capital.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), alertou a Justiça sobre a falta de punição à Enel depois dos problemas de fornecimento de energia elétrica para a capital. Ele declarou que o diálogo com a concessionária sobre os problemas enfrentados e o risco de uma nova falta ‘não está fácil’. “O diálogo não tem sido muito bom tanto que é que nós tivemos que ir ao Judiciário. O ponto positivo é que o juiz concedeu vitória à Prefeitura de São Paulo e uma das determinações é que a Enel apresente em até cinco dias, contando da data da decisão, um plano de contingência, que apresente uma quantidade de funcionários compatível com a demanda da cidade. Muitas pessoas pensam que a Enel tem uma relação com a prefeitura, mas a concessão, regulação e fiscalização é federal, e nós ficamos aqui vítimas da Enel”, afirmou o prefeito.
Desde 2020, segundo a prefeitura, 3.690 árvores oferecem risco à rede elétrica por causa da fiação. Até agora, elas não foram podadas ou cortadas pela Enel, responsável pelo serviço. O prefeito também criticou a Justiça que, por meio de decisões favoráveis à companhia, não fez o trabalho preventivo. “Existe uma lei municipal que obriga a concessionária a fazer o enterramento dos fios. Mas as concessionárias foram à Justiça, chegou até ao STF, dizendo que eles não precisam atender as leis municipais. Você vê como esse tema a gente já vem tratando a bastante tempo. É preciso mudar a regulação do governo federal. É um contrato que põe poucas responsabilidades às concessionárias e deixa os consumidores muito fragilizados, como a gente viu acontecer”, esclareceu. Nunes ainda pontuou que é necessário mais reflexão das autoridades porque mudanças climáticas farão com que eventos como o que interrompeu o serviço da Enel sejam mais frequentes. Por nota, a Enel afirmou que não vai se posicionar sobre as críticas do prefeito.
*Com informações do repórter David de Tarso