Política COLÍDER

Ministro quer 17 anos de cadeia para mato-grossense presa no 08 de Janeiro

Além da prisão, ministro quer pagamento de R$ 30 milhões em danos morais coletivos por conta da participação nos atos de 8 de janeiro.

Por Comando da Notícia

20/11/2023 às 13:39:24 - Atualizado há

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou nesta sexta-feira (17) para condenar a microempresária mato-grossense, Rosely Pereira Monteiro, a 17 anos de prisão e mais pagamento de R$ 30 milhões em danos morais coletivos por conta da participação nos atos de 8 de janeiro que culminaram na depredação parcial dos prédios do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional. O julgamento ocorre no plenário virtual, modalidade da qual os ministros inserem seus votos em um sistema eletrônico, sem a necessidade de debates.

Rosely Pereira Monteiro mora em Colíder (632 km de Cuiabá) e declarou em depoimento à Polícia Federal que foi até Brasília se manifestar para "salvar o Brasil" e impedir que mulheres e crianças viessem a se tornar escravas sexuais no governo do PT. No dia 8 de janeiro, ela foi presa dentro do Palácio do Planalto.

De acordo com o voto de Moraes, dos 17 anos de prisão, 15 anos e seis meses serão de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado. O restante da pena será do tipo detenção. O pagamento dos danos morais seria compartilhado com os demais condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Os crimes atribuídos, conforme a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) são de associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, todos cometidos de forma cumulativa.

"Rosely Pereira Monteiro registrou o iter criminis com as suas motivações, relatou que estava trabalhando como voluntária na cozinha do acampamento montado em frente ao QGEx, bem como a sua participação no meio do confronto com o Exército, estando na linha de frente da invasão ao Congresso e ao Planalto. Comemorou a invasão do Palácio do Planalto, mostrando as suas vidraças quebradas e móveis jogados na arte externa afirmando. As circunstâncias judiciais, portanto, são amplamente prejudiciais à ré", destaca o voto do ministro Alexandre de Moraes.

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