O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, negou nesta sexta-feira (8) que tenha cometido injúria racial contra uma camareira de um hotel no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, a camareira disse que teria sido chamada de “macaca” pelo ministro. Ela disse que o chanceler teria questionado sua entrada no apartamento 801 do Top Leblon. As declarações foram prestadas à 14ª Delegacia de Polícia, que fica no Leblon.
Ao jornal, o Itamaraty afirmou que Vieira não frequenta o hotel há cerca de dois meses e que no horário da suposta agressão, por volta das 11h30 desta sexta-feira (8), o ministro estava na Avenida Atlântica, em Copacabana, acompanhado de quatro assessores. Na quarta-feira e quinta-feira, Vieira estava participando, na cidade fluminense, da Cúpula do Mercosul.
Agentes da polícia foram até o apart-hotel na Zona Sul do Rio, onde o suposto crime ocorreu, e verificaram que o homem que aparece em imagens feitas por câmeras de segurança do local não era o ministro, mas sim um homem que administra o imóvel, mas se identificou como “proprietário do imóvel”. A 14º DP agora é quem investiga o caso.
O Itamaraty, no entanto, informou que Vieira não vai a este apartamento há cerca de dois meses e que no horário da suposta agressão, por volta das 11h30 desta sexta-feira, Vieira estava dando uma entrevista em outro apartamento, na Avenida Atlântica, em Copacabana, acompanhado de quatro assessores.
O caso é investigado pela 14ª DP (Leblon). De acordo com a delegada Thaianne Pessoa, a vítima presta depoimento na tarde desta sexta-feira e a polícia investiga as circunstâncias em que teria ocorrido o fato narrado na denúncia. A delegada afirmou ainda que até o momento não foi possível tipificar o suposto crime.
A camareira, cujo primeiro nome é Valquíria, estava na delegacia acompanhada por uma testemunha. O fato, segundo informações do jornalista, teria acontecido por volta da hora do almoço. O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi informado da denúncia e já conversou por telefone autoridades do setor de segurança pública do Rio de Janeiro sobre o assunto. Lula também já foi informado da situação. Procurado, o Itamaraty nega que o chanceler tenha se envolvido num caso dessa natureza.
GAZETA BRASIL