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Arquidiocese de São Paulo arquiva investigação sobre padre após denúncia envolvendo vídeo

A Arquidiocese de São Paulo arquivou uma investigação sobre o padre Júlio Lancellotti relacionada a um vídeo que supostamente o mostraria “se tocando” sexualmente.

Por Comando da Notícia

24/01/2024 às 12:17:31 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

A Arquidiocese de São Paulo arquivou uma investigação sobre o padre Júlio Lancellotti relacionada a um vídeo que supostamente o mostraria “se tocando” sexualmente. Em nota divulgada na terça-feira (23), a igreja afirmou que essa denúncia já havia sido investigada em 2020 e descartada tanto pela Santa Sé quanto pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), encaminhou o material à arquidiocese na segunda-feira (22), após a igreja solicitar acesso ao vídeo no início de janeiro.

O vídeo consiste em uma gravação de uma videochamada com duas pessoas, uma com a câmera desligada e outra retratando um homem idoso se masturbando. A gravação também mostra o chat e a conversa, sugerindo a possível presença de um menor de idade. A autenticidade do vídeo é questionada.

 

Eis a íntegra da nota da Arquidiocese de São Paulo:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Arquidiocese de São Paulo, mediante ofício enviado por e-mail ao vereador Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 6 de janeiro, protocolado na Câmara Municipal no dia 8 sucessivo, solicitou-lhe que fosse enviado o material referente à suposta denúncia contra o Padre Júlio Renato Lancellotti. Finalmente, na tarde do dia 22 de janeiro, o material foi entregue na Cúria Metropolitana de São Paulo.

Tomado conhecimento do material recebido, constatou-se que se trata do mesmo conteúdo divulgado em 2020. Naquela ocasião, a Cúria Metropolitana de São Paulo, conforme prescrevem as normas da Igreja para esses casos, realizou um procedimento investigativo para apurar a denúncia recebida.

Concomitantemente, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) passou a investigar a dita denúncia, conforme inquérito aberto junto ao Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra Infante, Idoso, Pessoa com deficiência e Vítima de tráfico interno de pessoas. O MPSP, considerando ausência de materialidade, a seu tempo, emitiu parecer contrário à instauração de uma ação penal, acompanhado pelo D. Juiz que decidiu pelo arquivamento do inquérito.

A Arquidiocese de São Paulo, não chegando à convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia e considerando as conclusões do MPSP, bem como da Justiça Paulista, também decidiu pelo arquivamento e informou a Santa Sé.

Distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade, a Cúria Metropolitana de São Paulo permanece atenta a ulteriores elementos de verdade sobre os fatos denunciados.

São Paulo, 23 de janeiro de 2024.

Fonte: GAZETA BRASIL
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