O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu às alegações de que teria transferido R$ 800 mil para uma conta nos Estados Unidos, supostamente como preparativo para um golpe de Estado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu às alegações de que teria transferido R$ 800 mil para uma conta nos Estados Unidos, supostamente como preparativo para um golpe de Estado. Em um vídeo divulgado na noite de quinta-feira (15), Bolsonaro negou as acusações, argumentando que o dinheiro permaneceu em uma conta bancária brasileira.
“Enviei, sim. Da minha poupança do Banco do Brasil para o BB América. Ou seja, o dinheiro continuou num banco brasileiro”, afirmou Bolsonaro no vídeo.
O ex-presidente, em sua declaração, contestou a ideia de que os Estados Unidos seriam um destino lógico para um golpista enviar fundos, citando a reputação democrática e a aplicação rigorosa de tratados internacionais pelo país norte-americano.
Bolsonaro também justificou a transferência, mencionando preocupações com a política e a economia sob a liderança do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que ele próprio e outros brasileiros transferiram fundos para fora do país devido a essas incertezas.
"Tínhamos dúvidas sobre a política e economia do atual mandatário de esquerda. Um abraço a todos", concluiu Bolsonaro, enfatizando que não considera a ação como um crime.
As declarações surgiram após relatos da Polícia Federal (PF) sugerirem que Bolsonaro teria realizado a transferência pouco antes do término de seu mandato e de uma viagem aos Estados Unidos. Segundo a investigação, a transferência teria sido feita com o propósito de permitir que Bolsonaro permanecesse fora do Brasil enquanto seus apoiadores planejavam um suposto golpe de Estado no país.
A quebra de sigilo bancário de Bolsonaro, conforme informações da PF, revelou uma operação de câmbio no valor de R$ 800 mil realizada em 27 de dezembro de 2022.