Em discurso na 37ª Cúpula da União Africana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a “extrema direita” e defendeu a necessidade de uma nova governança global para combater a fome e o desemprego.
Em discurso na 37ª Cúpula da União Africana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a “extrema direita” e defendeu a necessidade de uma nova governança global para combater a fome e o desemprego. Lula discursou como convidado do evento, que reúne líderes de 55 países africanos, em Adis Abeba, na Etiópia.
“Venho para reafirmar a parceria e o vínculo do nosso país e do nosso povo com este continente irmão. A luta africana tem muito em comum com os desafios do Brasil. Mais da metade dos 200 milhões de brasileiros se reconhecem como afrodescendentes. Nós, africanos e brasileiros, precisamos traçar nossos próprios caminhos na ordem internacional que surge. Precisamos criar uma nova governança global, capaz de enfrentar os desafios do nosso tempo”, ressaltou o presidente.
"O Sul Global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta. Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas e que atingem, sobretudo, os mais pobres e, entre eles, os imigrantes", disse o petista.
“A alternativa das mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba. O desenvolvimento não pode continuar sendo privilégio de poucos. Só um projeto social inclusivo nos permitirá ter sociedades prósperas, livres, democráticas e soberanas. Não haverá estabilidade e democracia com fome e desemprego”, complementou Lula.