Dois helicópteros da Força Aérea Brasileira foram designados, na noite desta terça-feira (30), para realizar sobrevoos na região de Santa Cruz do Sul, Sinimbu e Candelária, com o objetivo de localizar pessoas que possam estar em situação de isolamento devido ao temporal que resultou em cinco mortes e 18 desaparecimentos no Rio Grande do Sul.
Dois helicópteros da Força Aérea Brasileira foram designados, na noite desta terça-feira (30), para realizar sobrevoos na região de Santa Cruz do Sul, Sinimbu e Candelária, com o objetivo de localizar pessoas que possam estar em situação de isolamento devido ao temporal que resultou em cinco mortes e 18 desaparecimentos no Rio Grande do Sul. Indivíduos em perigo de vida que avistarem a aeronave são instruídos a sinalizar usando a lanterna de seus celulares ou qualquer outro dispositivo luminoso.
As condições climáticas impediram a decolagem dos helicópteros em Santa Maria, sem previsão para o início das operações de resgate.
A Defesa Civil do RS enfatiza que a sinalização facilita a identificação precisa do local, permitindo que as equipes de resposta cheguem ao ponto indicado. A orientação é dirigida a pessoas em situação de emergência e risco iminente de vida.
Em uma das operações de auxílio, a FAB resgatou uma família que estava isolada em uma residência ameaçada de desabamento. As pessoas foram içadas por uma corda e transportadas da região de Candelária até Santa Cruz do Sul.
Solicitação do governo
No início da noite, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), solicitou “urgência” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a assistência federal às cidades gaúchas afetadas pelo temporal. O estado registrou cinco mortes devido à chuva nesta terça-feira (30).
Durante uma entrevista ao vivo ao RBS Notícias, Leite expressou que o governo federal já havia enviado duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), mas que o estado necessitava de apoio para o resgate de pessoas isoladas.
“O presidente Lula assegurou assistência e apoio. Nossa solicitação é para destacar a necessidade de urgência. Da mesma forma que enfrentamos situações extraordinárias no ano passado e continuamente surgem emergências pelo país, é crucial reconhecer a gravidade do que o Rio Grande do Sul está enfrentando”, declarou Leite.
Anteriormente, em uma plataforma de mídia social, Eduardo Leite direcionou uma mensagem a Lula, pedindo ajuda “imediatamente” e “agora”, com as palavras destacadas em letras maiúsculas.
“Presidente Lula, por favor, envie IMEDIATAMENTE todo o apoio aéreo possível para o RS. Precisamos resgatar JÁ centenas de pessoas em dezenas de municípios que estão em situação de emergência devido às chuvas intensas já ocorridas e que continuarão nos próximos dias”, publicou o governador.
Pouco depois, tanto Leite quanto Lula afirmaram terem conversado por telefone para coordenar o apoio.
“Estou confiante de que podemos contar com essa cooperação para o resgate da população afetada, que é nossa prioridade absoluta neste momento”, escreveu Leite.
“Falei com os ministérios da Integração, da Defesa e com o ministro Paulo Pimenta e, no que for necessário, o governo federal se somará aos esforços do governo estadual e das prefeituras para superarmos mais esse momento difícil, reflexo das mudanças climáticas que afetam o planeta”, respondeu Lula.