Em publicações nas redes sociais, foram mencionados diversos incidentes, incluindo relatos de saques, assaltos violentos e confrontos envolvendo voluntários que prestam assistência humanitária.
Em publicações nas redes sociais, foram mencionados diversos incidentes, incluindo relatos de saques, assaltos violentos e confrontos envolvendo voluntários que prestam assistência humanitária. Um residente de Porto Alegre compartilhou à reportagem do Metrópoles, sob condição de anonimato, que a área central da cidade foi alvo de saques em estabelecimentos como farmácias, supermercados, lojas e no mercado público.
Em Canoas, por exemplo, há relatos de criminosos se passando por necessitados para assaltar os voluntários que oferecem ajuda. Em Novo Hamburgo, alguns residentes sentiram a necessidade de se armar para se proteger contra a criminalidade. Muitos estão relutantes em deixar suas residências por medo de possíveis ações dos criminosos.
Além dos saques a casas e estabelecimentos comerciais deixados pelos proprietários que buscam locais seguros, os criminosos têm como alvo também embarcações, jet skis e outros equipamentos usados nos esforços de resgate em áreas de risco.
Para lidar com o aumento da criminalidade, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou que o estado receberá mais 400 agentes da Força Nacional. Com o apoio adicional da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, o contingente totalizará 944 servidores.
Adicionalmente, o governador lançou o Programa Mais Efetivo, visando convocar mil policiais da reserva. Todos os agentes que estavam de férias ou desempenhavam funções administrativas foram chamados para auxiliar nas áreas afetadas.
Em resposta à situação, a Brigada Militar realizou operações contra o vandalismo e a criminalidade em diversas cidades, incluindo Montenegro, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Ivoti, Bento Gonçalves e Porto Alegre, resultando na prisão de 32 pessoas até o momento.
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29/4) já causaram um aumento no número de óbitos para 95, com mais quatro em investigação. Há também 131 pessoas desaparecidas, 50 mil em abrigos e 159 mil desabrigados, conforme informações divulgadas pela Defesa Civil na noite desta terça-feira (7/5).
O desastre afetou um total de 401 municípios, com mais de 1,5 milhão de pessoas atingidas em todo o estado.