A Justiça do Trabalho da 2ª Região determinou nesta sexta-feira (17) que os trabalhadores do Metrô de São Paulo operem com 100% do efetivo nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 50% nos demais períodos durante a greve da categoria, marcada para iniciar na próxima quarta-feira (22/5).
A Justiça do Trabalho da 2ª Região determinou nesta sexta-feira (17) que os trabalhadores do Metrô de São Paulo operem com 100% do efetivo nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 50% nos demais períodos durante a greve da categoria, marcada para iniciar na próxima quarta-feira (22/5). A medida vale até o julgamento do mérito da ação movida pelo Metrô contra o sindicato da categoria.
Greve dpMetrô: “Trabalhadores do Metrô de São Paulo Devem Manter Serviços em Horários de Pico, Determina Justiça”
A decisão, proferida pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, atende parcialmente ao pedido do Metrô, que solicitava a presença de 100% dos funcionários em todos os horários durante a greve. As partes – Metrô e sindicato dos metroviários – deverão comparecer à audiência de tentativa de conciliação na próxima terça-feira (21/5), às 16h, no Edifício Sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Rua da Consolação, 1272).
O magistrado determinou ainda que seja aplicada multa diária de R$ 100 mil tanto para o Sindicato dos Metroviários quanto para o Metrô caso qualquer das partes crie obstáculos ao acesso dos trabalhadores, vagões nas vias e nos pátios do Metrô ou impeça o livre trânsito dos vagões de transporte público nos trilhos metroviários.
Na decisão, Meirelles destaca que a multa também se aplica ao Metrô, “pois em ocasiões anteriores a empresa buscou impedir o cumprimento de decisões da Justiça, sob o argumento de insegurança na prestação de serviços de forma parcial, tentando com isso transferir a totalidade da responsabilidade para a entidade sindical profissional e trabalhadores”.
Além disso, oficiais de justiça deverão comparecer ao Centro de Controle de Operações, na Liberdade, para verificar o cumprimento da decisão a partir da zero hora da próxima quarta-feira.
As reivindicações dos metroviários incluem aumento salarial, reintegração de funcionários dispensados e abertura de concursos para novas admissões. Há também questionamentos sobre projetos de terceirização e privatização de linhas por parte do governo do Estado.