As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril e início de maio causaram um grande impacto no setor de seguros.
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril e início de maio causaram um grande impacto no setor de seguros. De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), as empresas já receberam o aviso de 23.400 sinistros relacionados às enchentes, o que deve resultar em indenizações que ultrapassam R$ 1,67 bilhão.
O presidente da entidade, Dyogo Oliveira, salienta que esse número ainda pode crescer e assegura que existem reservas técnicas para cobrir os pagamentos.
Para Oliveira, os dados ainda são preliminares: “A maioria das solicitações de indenizações ainda não foi reportada pelos clientes às seguradoras. Os clientes residenciais, de automóveis, de propriedades agrícolas ou corporativas ainda estão contabilizando suas perdas e não acionaram suas seguradoras. Por isso, qualquer estimativa neste momento sobre o impacto nos danos patrimoniais é precipitada.”
Os produtos mais demandados por indenizações nas seguradoras foram os Residenciais e Habitacionais, com um total de 11.396 sinistros e aproximadamente R$ 240 milhões em pagamentos de indenizações. Em segundo lugar, o seguro Automóvel registrou 8.216 casos, superando os R$ 557 milhões em indenizações. Já o seguro Agrícola aparece em terceiro, com 993 registros e R$ 47 milhões em indenizações aos produtores agrícolas.
Na sequência, o seguro contra Grandes Riscos teve 386 sinistros, totalizando pouco menos de R$ 510 milhões em indenizações. Esse tipo de seguro engloba empreendimentos de infraestrutura, como estradas concedidas à iniciativa privada ou grandes unidades fabris. Os valores abaixo de R$ 15 milhões são classificados como seguros empresariais.
Por fim, os demais seguros, como Empresarial, Transporte, Riscos Diversos e Riscos de Engenharia, registraram 2.450 avisos de sinistros, totalizando pouco mais de R$ 322 milhões.