A Ucrânia ordenou neste sábado um ataque com drones sobre o aeródromo de Mozdok, na região russa de Ossétia do Norte, ao sul do país.
A Ucrânia ordenou neste sábado um ataque com drones sobre o aeródromo de Mozdok, na região russa de Ossétia do Norte, ao sul do país. O local, de onde o inimigo tem lançado seus aviões MiG-31K e Tupolev Tu-22M para bombardear os ucranianos, fica a cerca de 700 quilômetros da linha de frente.
A manobra foi parte de um esforço conjunto entre as tropas e os oficiais de inteligência de Kiev, que identificaram a localização deste complexo militar. “Foi um trabalho planejado da inteligência ucraniana e a aplicação bem-sucedida de meios nacionais aprimorados”, comentou um oficial da Direção aos meios de comunicação locais.
Esta foi a primeira operação nesta zona, confirmando que a zona de ataque contra as tropas russas está se expandindo, especialmente após o anúncio dos aliados do Ocidente permitindo o uso de suas armas em solo vizinho como forma de defesa. “As instalações militares do inimigo que participam da guerra genocida da Rússia contra os ucranianos não devem estar seguras”, acrescentou o funcionário.
A Ucrânia não confirmou os resultados da operação, embora o governador regional, Sergei Meniailo, tenha reconhecido que houve danos menores. “O ataque foi frustrado pelas forças de defesa antiaérea do Ministério da Defesa russo. Foram registrados danos menores e incêndios. Não houve feridos”, disse. Também indicou que três drones foram abatidos.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram os veículos voadores no céu da região, enquanto imagens expuseram os destroços dos drones espalhados pelo terreno.
De qualquer forma, Meniailo indicou que “todos os serviços foram colocados em alerta máximo” e que “por segurança dos cidadãos, decidimos cancelar todos os eventos em massa no distrito de Mozdoksky”.
As Forças Armadas da Rússia concentram agora suas ofensivas em Donetsk, embora não abandonem suas posições em Kharkiv, onde estão se reorganizando para tentar, mais uma vez, avançar neste frente, após o presidente Vladimir Putin comemorar que “apenas desde o início deste ano, acredito que 47 localidades foram libertadas”.
“Apesar da relativa diminuição da atividade na linha de frente, os russos continuam se reagrupando e tentando avançar mais profundamente na região. Em Vovchansk há combates. Sinkivka e Andrivka estão sob constante assédio. Os bombardeios também não cessam”, afirmou o chefe da administração militar regional, Oleg Siniegúbov.
Nas últimas horas, inclusive, o lado inimigo “atingiu a aldeia de Khotimlya com duas bombas aéreas”. “Uma pessoa morreu devido aos ferimentos, outro residente local foi hospitalizado”, enquanto “uma escola foi destruída e uma loja e casas particulares foram danificadas”, acrescentaram as autoridades.
No entanto, em alguns pontos de Kharkiv, Zaporizhzhia, Poltava e Dnipropetrovsk, as tropas de Volodimir Zelensky conseguiram repelir as ofensivas russas durante a noite. O tenente-general da Força Aérea, Mikola Oleshchuk, indicou que um míssil guiado Kh-59 junto com nove de treze drones de ataque Shahed-131/136, provenientes das regiões russas de Kursk e Cabo Chauda, na Crimeia Ocupada, foram derrubados.
(Com informações da AFP, EFE e Europa Press)