A Venezuela vive dias de intensa turbulência após as eleições presidenciais do último domingo.
A Venezuela vive dias de intensa turbulência após as eleições presidenciais do último domingo. Diante dos protestos massivos contra a vitória de Nicolás Maduro, denunciada como fraudulenta pela oposição, o governo impôs um estado de exceção e intensificou a repressão.
Em um discurso transmitido à nação, Maduro anunciou a instauração de um patrulhamento militar e policial em todo o território nacional. “Até que restituyamos a paz onde a perturbaram, até que consolidemos a paz”, afirmou o presidente, enquanto as forças de segurança intensificavam a repressão aos manifestantes.
Crise humanitária e internacional
A violência nos protestos já deixou pelo menos 13 mortos, segundo a ONG Foro Penal. “Nos preocupa o uso de armas de fogo nessas manifestações, que em um solo dia se tenham produzido onze mortos é uma cifra alarmante”, alertou Alfredo Romero, diretor da organização.
A comunidade internacional condenou a violência e a fraude eleitoral na Venezuela. Vários países, como Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, expulsaram os embaixadores venezuelanos em protesto. A líder opositora, María Corina Machado, apresentou provas de fraude eleitoral e denunciou a manipulação dos resultados.
Oposição reprimelida
A repressão do regime de Maduro atingiu também líderes da oposição. Freddy Superlano, dirigente de Voluntad Popular, foi detido arbitrariamente em sua residência em Caracas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento da prisão.