Na época, a vítima tinha 23 anos e estava tomando banho no Rio, quando sentiu o animal entrar na sua uretra após urinar na água.
Há quase 27 anos, Manaus registrou uma cirurgia de remoção de um candiru de dentro do pênis de um homem que foi atacado enquanto urinava dentro do Rio Amazonas, em Itacoatiara, no interior do estado. O peixe, que pode medir até 12 centímetros, é temido nos rios da região por se alimentar de sangue e entrar nas partes íntimas de vítimas.
O g1 relembra o caso após visitar o acervo para onde o animal foi levado e que, atualmente, serve para estudos no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus.
Além da espécie que pode atacar os humanos, há outro tipo de candiru que também se alimenta de cadáveres e da carcaça de outros peixes.
O caso do paciente vivo que foi atacado e teve o peixe retirado do órgão genital foi documentado no estado em outubro de 1997. Na época, a vítima tinha 23 anos e estava tomando banho no Rio Amazonas, quando sentiu o animal entrar na sua uretra após urinar na água. A partir daí começou uma saga de dor e sofrimento.
Inicialmente, a vítima foi levada para Manaus, onde passou três dias sendo medicado na rede pública. No quarto dia, o homem apresentou febre, dor intensa e inchaço nas partes íntimas.
Com a piora no quadro de saúde, ele foi encaminhado para uma clínica particular de urologia, onde os médicos encontraram o peixe dentro de sua uretra.
"Identificamos que o peixe era de grande tamanho ocupando toda a uretra anterior e com impactação perto do esfíncter urinário ou músculo que controla a urina (provavelmente, enquanto vivo o peixe tentou penetrar em bolsa escrotal, explicando o importante inchaço da mesma)", diz um documento obtido pelo g1, que narra o caso.Ao ser retirado das partes íntimas da vítima, foi constatado que o peixe já estava morto e já havia iniciado processo de decomposição. Os espinhos que prendiam o peixe ao corpo da vítima já não o seguravam mais.
Posteriormente, o candiru foi encaminhado ao acervo de peixes do Inpa, onde permanece fixado em formol, dentro de um frasco com álcool 75% e serve para ajudar a ciência a entender melhor as características da espécie, que já foi um terror para os banhistas no Amazonas.