Familiares e amigos do jovem Bruno Barbão Hanaki, de 22 anos, procuram por qualquer informação que leve ao paradeiro dele, que está desaparecido desde a madrugada do dia 8 de setembro, em Campos de Júlio (566 km de Cuiabá).
De acordo com a mãe do jovem, Ruty Barbão, o alojamento onde ele morava no município foi arrombado e invadido por criminosos. Ele é natural de Campo Grande (MS) e recebeu uma proposta para trabalhar na cidade mato-grossense em agosto deste ano, em uma empresa de reciclagem.
Desesperada, Ruty afirmou que o fato de não ter contato com o filho está causando um "grande sofrimento" a ela, que não tem conseguido dormir à noite de preocupação.
Ruty contou que no dia do fato Bruno trabalhou até por volta das 13h. Quando o rapaz chegou ao alojamento, ligou para ela dizendo que iria dormir e que por volta das 18h falaria com ela novamente.
No horário combinado, ele ligou novamente para mãe afirmando que iria a uma distribuidora de bebidas com um amigo de alojamento. Por volta das 21h, Bruno mais uma vez entrou em contato com a mulher falando que não sairia mais naquela noite. Contudo, às 2h ele mandou um áudio para a irmã afirmando que teria sido abordado por membros de uma organização criminosa.
"Ele tinha saído no portão para fumar e disse que uns caras o pararam, pegaram seu celular para ver de onde ele era, para verificar se ele não tinha contatos de outra facção, e pediram o short da Tony Country que ele estava usando", contou Ruty.
Após a ameaça, ele entrou na residência, trocou de short e devolveu aos suspeitos, que ainda pediram os documentos pessoais dele.
Conversando com a irmã, o jovem teria dito que não havia mais ônibus para ir embora naquela noite, mas os homens teriam dito que não fariam mais nada com ele.
Ruty lembra, no entanto, que a última mensagem foi estranha, com tom de despedida. "Se acontecer alguma coisa comigo, vocês já sabem o que aconteceu, foi o pessoal do Comando Vermelho que me pegou, e vocês sabem onde me procurar", teria dito o rapaz.
Desde então, a família tenta contato com Bruno, mas sem sucesso. Para contribuir com qualquer informação basta entrar em contato com a Polícia Civil pelo número 197.