Na noite de quarta-feira (9), o furacão Milton atingiu o solo da Flórida, provocando destruição significativa e resultando na morte de ao menos quatro pessoas, de acordo com autoridades locais.
Na noite de quarta-feira (9), o furacão Milton atingiu o solo da Flórida, provocando destruição significativa e resultando na morte de ao menos quatro pessoas, de acordo com autoridades locais. Com ruas alagadas e mais de 3 milhões de imóveis sem energia elétrica em todo o estado, a situação é alarmante.
À medida que avançava pelo continente, Milton perdeu força ao longo da madrugada. O olho do furacão já havia seguido em direção ao Oceano Atlântico na manhã desta quinta-feira, e a previsão é que ele enfraqueça ainda mais, tornando-se uma tempestade tropical.
Apesar das tragédias causadas por furacões como Milton, muitos não conhecem a história por trás dos nomes dessas poderosas tempestades. Já se perguntou por que os furacões recebem nomes e como eles são escolhidos? Vamos entender essa história.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) atribui um nome específico a uma tempestade tropical quando ela atinge a velocidade de 63 km/h. Esse nome é mantido caso a tempestade se transforme em um furacão. Antes de 1979, as tempestades eram nomeadas apenas com nomes femininos, um aspecto que gerou controvérsias.
A prática de nomear furacões começou oficialmente em 1950, com o objetivo de facilitar a comunicação e o alerta à população. Nomes curtos e distintos são mais fáceis de identificar e evitam confusões nas transmissões de informações entre estações meteorológicas, a mídia e o público. Antes dessa mudança, as tempestades eram identificadas por sua latitude e longitude, um método eficaz para meteorologistas, mas confuso para o público geral.
Inicialmente, os furacões eram nomeados com base no alfabeto fonético, utilizando nomes como Able, Baker e Charlie. Em 1953, a prática mudou para a utilização de nomes femininos em ordem alfabética, um sistema que já havia sido usado durante a Segunda Guerra Mundial. O primeiro furacão a receber um nome feminino foi Alice, que atingiu a Flórida, Cuba e a América Central em 1953.
Após críticas que argumentavam que a prática perpetuava estereótipos de gênero, a inclusão de nomes masculinos foi adotada em 1979. Desde então, os nomes alternam entre feminino e masculino, permitindo uma representação mais equilibrada.
Atualmente, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) é responsável pela lista de nomes de furacões. Para o Atlântico Norte, existem seis listas com 21 nomes, que são recicladas a cada seis anos. Se mais de 21 tempestades forem nomeadas em uma temporada, o alfabeto grego é utilizado para os nomes adicionais, como ocorreu em 2005, quando 27 tempestades foram registradas.
Os nomes dos furacões são escolhidos de acordo com uma série de critérios, e, em casos raros, um nome pode ser “aposentado”. Isso ocorre quando o furacão é especialmente destrutivo, como foi o caso de Katrina, Irma e Maria. Quando um nome é retirado, a OMM o substitui por outro.
A história por trás dos nomes dos furacões revela não apenas uma prática científica, mas também um reflexo das mudanças sociais e culturais ao longo do tempo. À medida que a Flórida se recupera dos estragos causados por Milton, a importância da comunicação clara e eficaz durante eventos climáticos extremos se torna ainda mais evidente.