A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance nesta sexta-feira, 28, informou o Exército sul-coreano, a mais recente de uma série de testes de armas que podem culminar em um teste nuclear, de acordo com Washington e Seul. O Exército sul-coreano afirmou que detectou “dois mísseis balísticos disparados da área de Tongchon de Gangwon entre 11h59 (23h59 do dia anterior, no horário de Brasília) e 12h18”, referindo-se a uma província na costa leste da Coreia do Norte. Os lançamentos coincidem com o fim dos exercícios navais anfíbios da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, e dois dias antes do início dos exercícios aéreos, que vão começar na segunda-feira e mobilizará mais de 200 aviões de combate. O regime liderado por Kim Jong Un, considera esses exercícios como uma afronta e em resposta, realiza disparos como os de hoje. Com as negociações na península paralisadas há muito tempo, as tensões aumentaram este ano devido a uma série de testes militares norte-coreanos, que recentemente declarou seu status de potência nuclear “irreversível”.
Há meses, os Estados Unidos e da Coreia do Sul alertam que um novo teste nuclear, que seria o sétimo na história do país e o primeiro desde 2017, está sendo programado. Na terça-feira, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol disse que o Norte tinha tudo pronto para este teste. “Parece que eles já completaram os preparativos para seu sétimo teste nuclear”, disse ele durante um discurso parlamentar. Desde a chegada de Yoon Suk-yeol, a Coreia do Sul intensificou os exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos, que recentemente enviaram um porta-aviões movido a energia nuclear para a área, e com o Japão. Analistas consideram que Pyongyang quer aproveitar o bloqueio entre as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas para acelerar a modernização de suas armas. Em uma recente reunião do conselho para discutir o lançamento de um míssil norte-coreano que sobrevoou o Japão, a China, principal aliado de Pyongyang, acusou os Estados Unidos de provocar essa série de disparos. Há meses essa instância está dividida sobre como responder às ações do país comunista: China e Rússia simpatizam com Kim Jong Un e o restante do conselho pede o aumento das sanções existentes contra o país.
*Com informações da AFP
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