Alvos são advogados; mandados são cumpridos em condomínio e prédio
O Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF/MT), em parceria com a Polícia Federal (PF), informa que foi deflagrada hoje a operação 'Bilanz', que tem como foco esclarecer possíveis irregularidades envolvendo a Unimed Cuiabá, durante a gestão do quadriênio 2019-2023. Neste período, a cooperativa foi presididade pelo médico Rubens Carlos de Oliveira Júnior.
Mandados são cumpridos no condomínio Florais Itália e também no edifício Forrest Hil. FOLHAMAX apurou que, além de Rubens, são alvos da operação os ex-servidores Ana Paula Parizotto e Eroaldo de Oliveira.
A investigação identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que ocultaram um déficit de cerca de R$ 400 milhões no balanço patrimonial da entidade em 2022. Estão sendo apurados os crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Como parte das medidas investigativas, o MPF requereu o cumprimento de mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, além do sequestro de bens dos investigados. A Justiça Federal autorizou as medidas solicitadas e, ainda, decretou a prisão temporária de seis investigados, todos ex-administradores e prepostos da entidade.
As diligências estão sendo cautelosamente executadas pela Polícia Federal nos estados de Mato Grosso e Minas Gerais. O MPF/MT e a Polícia Federal reafirmam seu compromisso com o combate à criminalidade econômico-organizada e a promoção da integridade na administração de operadoras de saúde.
As autoridades manterão o público informado sobre os desdobramentos da operação, respeitando os limites legais de divulgação.