Em novembro de 2024, o número de consumidores inadimplentes no Brasil atingiu 68,62 milhões, representando 41,51% da população adulta.
Em novembro de 2024, o número de consumidores inadimplentes no Brasil atingiu 68,62 milhões, representando 41,51% da população adulta. Esse aumento de 1,48% em relação ao mesmo período de 2023 e de 0,89% em comparação com outubro de 2024 foi revelado em um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgado na segunda-feira (16 de dezembro).
José César da Costa, presidente da CNDL, observou que o crescimento da inadimplência continua, tanto no comparativo mensal quanto anual. Ele explicou que o cenário reflete a dificuldade dos brasileiros em quitar suas dívidas, com a inflação dos alimentos impactando diretamente a renda das pessoas e agravando a situação de endividamento. Costa ainda apontou que a expectativa é de que, com o pagamento do décimo terceiro e a renda extra de fim de ano, os consumidores priorizem o pagamento de suas pendências.
A faixa etária de 30 a 39 anos é a mais afetada pela inadimplência, com 23,60% do total de devedores, o que corresponde a 16,93 milhões de pessoas. Nessa faixa etária, 49,82% dos brasileiros estão negativados. Além disso, a distribuição das dívidas por gênero revela uma leve predominância feminina, com 51,16% das pendências atribuídas a mulheres e 48,84% a homens.
Cada consumidor inadimplente devia, em média, R$ 4.510,82 em novembro de 2024, com dívidas distribuídas entre cerca de 2,11 empresas credoras. A maior parte das dívidas, 65,26%, está concentrada no setor bancário, seguida pelo comércio, com 10,46%, e pelos serviços de água e luz, com 10,01%.
Roque Pellizzaro Júnior, presidente do SPC Brasil, destacou o Feirão SPC Brasil como uma oportunidade para os consumidores resolverem suas pendências. Ele afirmou que o evento foi prorrogado e oferece descontos de até 90% nas dívidas, com a possibilidade de negociações online e parcelamentos. Pellizzaro Júnior enfatizou que os consumidores podem resolver suas dívidas e começar 2025 com o nome limpo.
Regionalmente, a maior alta na inadimplência foi registrada na região Centro-Oeste, com um aumento de 6,59%, enquanto a região Sul apresentou uma queda de 0,90%. A região Centro-Oeste também lidera em termos de porcentagem de inadimplentes, com 44,82% da população adulta negativada, contrastando com a região Sul, onde 37,00% dos adultos estão na mesma situação.