Um comboio da Cruz Vermelha entrou na Faixa de Gaza neste domingo (19) para resgatar as três primeiras reféns libertadas pelo Hamas, como parte do acordo de cessar-fogo que entrou em vigor nessa data. As informações são do jornal Times of Israel. As famílias dos reféns libertados assistiram emocionadas e vibraram enquanto eles cruzavam as fronteiras.
A trégua chega após 15 meses de intensos conflitos, e o trio de reféns, com cidadania israelense, foi sequestrado durante os ataques de 7 de outubro de 2023, que marcaram o início da guerra. As reféns libertadas são:
- Romi Gonen, 24 anos: sequestrada enquanto tentava fugir do festival Supernova.
- Emily Damari, 28 anos: cidadã britânica-israelense, sequestrada no Kibutz Kfar Aza, ao sul de Israel.
- Doron Steinbrecher, 31 anos: enfermeira veterinária, capturada dentro de seu apartamento em Kfar Aza.
Imagens postadas nas redes sociais mostram a ex-refém Emily Damari em uma videochamada com sua família após se encontrar com sua mãe em uma instalação da IDF perto da fronteira com Gaza.
Após 471 dias em cativeiro, Romi, Emily e Doron foram entregues às Forças de Defesa de Israel (IDF) pela Cruz Vermelha. As imagens emocionantes de sua libertação mostraram centenas de israelenses reunidos na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, celebrando a liberdade das mulheres e apoiando suas famílias.
Cessar-fogo e troca de prisioneiros
O acordo de cessar-fogo também incluiu a liberação de 90 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e menores, das prisões israelenses, em troca da libertação das três reféns. A trégua foi temporariamente interrompida por mais de oito horas devido a atrasos na entrega das reféns.
Entre os outros reféns que devem ser libertados nas próximas fases do acordo estão 30 pessoas, incluindo dois americanos, além de mulheres e menores palestinos.
Após a libertação, cuidados médicos e apoio emocional
Após a libertação, Romi, Emily e Doron passaram por avaliações médicas nas instalações da IDF e foram encaminhadas ao Hospital Infantil Safra, no Centro Médico Sheba, para um acompanhamento mais detalhado. O hospital foi escolhido pela sua tranquilidade e capacidade de oferecer privacidade às ex-reféns, que receberão roupas novas, cuidados de higiene, alimentação e apoio psicológico.
Embora a situação médica e emocional das mulheres seja delicada, os cidadãos de Israel têm expressado um misto de alegria e alívio, celebrando o retorno das reféns e esperando pela libertação de outros reféns.
GAZETA BRASIL