Trump ameaça impor tarifas a importações chinesas e União Europeia promete defender seus interesses O governo chinês advertiu nesta quarta-feira (22) que defenderá seus “interesses nacionais” diante da possibilidade levantada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 10% às importações do país já no final da próxima semana.
Trump ameaça impor tarifas a importações chinesas e União Europeia promete defender seus interesses
O governo chinês advertiu nesta quarta-feira (22) que defenderá seus “interesses nacionais” diante da possibilidade levantada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 10% às importações do país já no final da próxima semana.
Falando a jornalistas na Casa Branca, um dia após tomar posse, Trump também fez críticas à União Europeia, ameaçando o bloco com pesados impostos e acusando novamente Pequim de envolvimento no tráfico de fentanil.
“Nos tratam de forma muito, muito ruim. Por isso, terão que pagar tarifas”, afirmou Trump sobre a UE. “Não se consegue justiça a menos que isso seja feito.”
No dia anterior, o então presidente havia acusado o bloco europeu de não importar produtos americanos o suficiente, prometendo “resolver isso” com tarifas ou incentivando a compra de mais petróleo e gás dos Estados Unidos.
Em relação à China, Trump reiterou sua intenção de impor a tarifa de 10%, justificando que a medida seria “baseada no fato de que estão enviando fentanil ao México e ao Canadá”.
Ao ser questionado sobre quando a tarifa seria aplicada, ele respondeu: “Provavelmente no dia 1º de fevereiro, essa é a data que estamos considerando”.
Trump também mencionou anteriormente a possibilidade de impor tarifas de 25% ao México e ao Canadá na mesma data, acusando-os de não conterem a imigração ilegal e o tráfico de fentanil para os Estados Unidos.
México, Canadá e China são os principais fornecedores de importações americanas, de acordo com dados comerciais oficiais.
Nesta quarta-feira, Pequim reagiu às declarações de Trump, prometendo proteger seus interesses. “Sempre acreditamos que não há vencedores em uma guerra comercial ou tarifária”, declarou Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
Ela acrescentou que Pequim está “disposta a manter comunicação com os Estados Unidos, lidar adequadamente com as diferenças, expandir a cooperação mutuamente benéfica e promover o desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações sino-americanas”.
Enquanto isso, a União Europeia também se posicionou, afirmando estar pronta para defender seus interesses. Em Davos, na Suíça, durante a reunião econômica anual, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que a Europa está disposta a negociar com Trump, mas enfatizou que os Estados Unidos continuam sendo um parceiro importante.
“A prioridade da UE será comprometer-se rapidamente, discutir interesses comuns e estar pronta para negociar com o presidente”, afirmou Ursula. “Seremos pragmáticos, mas sempre defenderemos nossos princípios para proteger nossos interesses e valores.”
Trump prometeu revisar imediatamente o sistema comercial dos EUA, anunciando a intenção de “impor tarifas e impostos a países estrangeiros para enriquecer os cidadãos americanos”.
Ele assinou uma ordem executiva que instruía agências a estudarem questões comerciais como déficits, práticas desleais e manipulação cambial, medidas que poderiam abrir caminho para novas tarifas.
Pesquisas recentes do Conselho Europeu de Relações Exteriores indicaram que os europeus estão mais preocupados com um possível retorno de Trump ao poder, enquanto países como Brasil, China, Índia e Turquia consideram sua reeleição positiva para seus interesses nacionais e para a paz mundial.
(Com informações da AFP)