Política Capa Tag

Eleições no Equador terão segundo turno entre Daniel Noboa e Luisa González

As eleições gerais no Equador não tiveram um vencedor definitivo, levando o país a um segundo turno entre o atual presidente Daniel Noboa e Luisa González, representante do correísmo.

Por Comando da Notícia

10/02/2025 às 08:39:36 - Atualizado há
Foto: O Globo

As eleições gerais no Equador não tiveram um vencedor definitivo, levando o país a um segundo turno entre o atual presidente Daniel Noboa e Luisa González, representante do correísmo. A nova votação está marcada para o dia 13 de abril de 2025. Nenhum dos dois principais candidatos atingiu o percentual necessário para a vitória no primeiro turno: mais da metade dos votos válidos ou 40% dos votos com uma diferença de pelo menos 10 pontos percentuais para o segundo colocado.

De acordo com dados oficiais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com mais de 90% das urnas apuradas, Noboa obteve pouco mais de 44% dos votos válidos, enquanto González superou os 43%.

Apesar das rigorosas medidas de segurança, o processo eleitoral ocorreu sem incidentes significativos. A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia destacou que o pleito transcorreu de maneira pacífica e deve apresentar um relatório detalhado nos próximos dias.

Com esse resultado, a disputa presidencial entra em uma nova fase, na qual os candidatos precisarão redesenhar suas estratégias para conquistar os eleitores que escolheram outras opções no primeiro turno. Juntos, Andrea González Náder (Sociedade Patriótica) e Leonidas Iza (Pachakutik) somaram mais de 7% dos votos, e seus apoiadores poderão influenciar o resultado final.

Noboa aposta em segurança e economia

Candidato à reeleição, Daniel Noboa tem focado sua campanha em temas como segurança e atração de investimentos. Seu governo implementou medidas como o envio de militares às ruas e reformas para melhorar a competitividade econômica do país. No entanto, ele enfrenta o desafio de convencer eleitores indecisos sobre sua capacidade de conduzir um mandato completo.

Durante seu governo, Noboa teve de lidar com apagões frequentes devido à baixa capacidade termoelétrica do Equador e à dependência de recursos hídricos. O racionamento de energia chegou a durar até 14 horas por dia, levando especialistas a criticarem a falta de decisões técnicas eficazes por parte do governo.

Na economia, o presidente promoveu incentivos para atrair investimentos estrangeiros e estimular o empreendedorismo juvenil. Contudo, opositores argumentam que ele não conseguiu gerar resultados concretos na criação de empregos. Noboa também foi alvo de críticas por contratos públicos conquistados por empresas ligadas à sua família e por um projeto turístico de sua esposa em uma área protegida, que não chegou a ser concretizado.

Outro tema sensível para sua gestão foi o assassinato de quatro crianças em Guayaquil, após serem detidas ilegalmente por uma patrulha militar. O caso gerou grande repercussão, especialmente porque o governo não se manifestou oficialmente sobre o crime. Durante um debate presidencial, Noboa evitou mencionar os nomes das vítimas, gerando questionamentos sobre sua postura diante de abusos das forças de segurança.

Para o segundo turno, Noboa promete reforçar a segurança cidadã e combater o narcotráfico por meio da modernização das forças de ordem e da cooperação internacional. Na energia, defende investimentos em fontes renováveis e sustentabilidade ambiental. Sua agenda também inclui apoio a pequenas e médias empresas, incentivo à educação técnica e políticas de igualdade de gênero.

González e os desafios do correísmo

Nascida em Quito, em 22 de novembro de 1977, Luisa González tem uma longa trajetória na administração pública, incluindo cargos como secretária da Administração Pública e cônsul do Equador na Espanha. Sua proximidade com o ex-presidente Rafael Correa é um de seus trunfos eleitorais, mas também um de seus maiores desafios, uma vez que o correísmo é associado a vários escândalos de corrupção.

Correa, que atualmente vive na Bélgica como asilado político, continua sendo uma influência central na política equatoriana. Seus seguidores veem González como a continuidade de sua gestão, enquanto adversários temem um retorno às práticas políticas do período.

Entre os principais escândalos de corrupção do governo Correa está o “Caso Subornos 2012-2016”, no qual altos funcionários foram condenados por receber propinas de empresas privadas em troca de contratos com o Estado. Correa foi sentenciado a oito anos de prisão, mas nunca cumpriu a pena. Outro caso relevante é o da Odebrecht, no qual a empreiteira brasileira pagou milhões em subornos para garantir contratos públicos no Equador. O ex-vice-presidente Jorge Glas, aliado próximo de González, está entre os condenados.

Um ponto polêmico de sua candidatura é a relação com o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela. González evitou se posicionar sobre o tema, mas Correa já declarou que um eventual governo da candidata reconhecerá Maduro como presidente legítimo do país vizinho.

Fonte: GAZETA BRASIL
Comunicar erro

Comentários Comunicar erro

Comando Geral BG

© 2025 Comando Geral BG - Todos os direitos reservados.

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Comando Geral BG
Acompanhantes de Goiania Deusas Do Luxo