O delegado informou que a Polícia Civil também descartou que o piloto tivesse sofrido algum tipo de mal súbito ou estivesse sob efeito de medicamento ou droga. Ele ainda disse que, se descartada falha nos motores, a investigação caminhará para “falha humana”.
“O controle de tráfego pelo piloto [para pouso] foi feito de forma que não é o padrão em Caratinga, ou seja, ele saiu da zona de proteção do aeródromo. Agora, aguardamos os laudos do Cenipa. Se descartarmos falhas nos motores, conseguimos caminhar para a conclusão de uma falha humana”, disse.
Segundo Lopes, o aeródromo funciona apenas com voos visuais -ou seja, sem instrumentos e nem torre de controle. As investigações indicam que, no dia do acidente, as condições visuais eram boas.
Sobre a rede elétrica no local, o delegado diz que não havia uma obrigatoriedade específica de sinalização, já que as torres estão fora da zona de proteção do aeródromo.
“Nessa zona de proteção há um documento emitido pelo Decea [Departamento de Controle do Espaço Aéreo], chamado Notam, no qual consta qualquer tipo de obstáculo dentro da zona de proteção do aeródromo, dentro daquela circunferência de 3 quilômetros. As torres estão a 4,6 mil metros da cabeceira da pista. Esse é mais um fator meio que descartamos, de obrigatoriedade da sinalização”, explicou o delegado.
O acidente aconteceu no dia 5 de novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, no interior de Minas, quando o avião chocou na rede de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), momentos antes do pouso que ocorreria no aeródromo local.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Polícia Civil de MG apresenta relatório sobre o acidente com Marília Mendonça no site CNN Brasil.