Depois de 11 meses, a medição de 12 meses da inflação dos Estados Unidos atingiu seu nível mais baixo desde janeiro de 2022, ficando em 7,7% e mostrando que as medidas do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) começam a surtir efeito. Este é um aumento muito menor do que os 8,2% registrados para 12 meses em setembro. E também abaixo dos 7,9% esperados pelos analistas, segundo o consenso do Market Watch. Entre os itens que mais influenciaram os dados de outubro está a moradia, tanto na compra quanto no aluguel de residências. Durante a pandemia, os preços de moradia dispararam, alimentados por taxas de juros historicamente baixas e pela decisão de muitos trabalhadores de se afastar dos centros urbanos, graças ao trabalho remoto. Contudo, apenas dessa queda, os preços ao consumidor continuam subindo de qualquer maneira, de acordo com o índice IPC (ou CPI, na sigla em inglês), divulgado pelo Departamento do Trabalho. O preço médio das casas subiu 8,6% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação de Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês), também divulgados nesta quinta.
A inflação foi um dos principais pontos usados pelos republicanos contra os democratas nas "midterms" – eleições de meio de mandato – realizadas na terça-feira, 8. O resultado fez a Bolsa de Valores de Nova York festejar. Ela abriu em queda abriu em forte alta na quinta-feira, após a divulgação dos dados de inflação: o Dow Jones ganhou 2,40%, e o Nasdaq saltou 4,84%, minutos após a campainha. Essa moderação da inflação pode ser um sinal de que as medidas adotadas pelo Fed, que elevou suas taxas para reduzir o consumo e o investimento, começam a dar frutos. O Fed tem a missão de manter a inflação sob controle, com a meta de 2% ao ano, um nível considerado saudável para a economia. De qualquer forma, o órgão se orienta, sobretudo, pelo índice de inflação PCE, que se manteve estável em setembro, em 6,2% em 12 meses. A saúde do mercado de trabalho é considerada um fator de contrapeso às medidas do Fed.
*Com informações da AFP
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