A declaração foi feita por ele nesta sexta-feira (11) durante palestra virtual em um evento organizado pela CFA Society Brazil, cujo tema foi “O Cenário Econômico e a Agenda BC”.
A equipe de transição de governo articula com o Congresso a votação da “PECanha” que, entre outros pontos, retira o orçamento do Auxílio Brasil da regra do teto de gastos.
O objetivo da medida é garantir que o benefício continue em R$ 600 no ano que vem.
“A gente precisa ter de um lado um olho para o social — e a gente entende que a pandemia deixou muitas cicatrizes —, mas precisa também ter um olho para o equilíbrio fiscal”, afirmou.
Campos Neto afirmou nesta sexta que, se não houver equilíbrio fiscal, a população pode ser prejudicada.
“A gente volta para um mundo de incerteza, onde a expectativa de inflação sobe, você desorganiza o setor produtivo, em termos de investimentos, e no final quem sobre mais com isso é justamente a população que você quer ajudar, porque você machuca a geração de empregos”, disse Campos Neto.
Ele ainda avaliou que, agora, o mercado começa a entender que programas vistos como temporários estão se tornando programas em definitivo.
De acordo com o Neto, houve uma piora na percepção dos economistas do mercado sobre a economia devido à incerteza sobre o chamado “arcabouço fiscal”.