O valor das ações da Petrobras tem caído no mercado e a perda já supera R$ 180 bilhões de reais desde período eleitoral, como aponta o levantamento feito pela consultora TradeMap. Em 21 de outubro as ações bateram o recorde positivo de R$ 521 bilhões, mas nessa semana a empresa foi avaliada em R$ 337 bilhões, uma diminuição da ordem de cerca de 30%. A queda causa um impacto nos papéis negociados e vendidos na B3, a bolsa de valores do Brasil, que encolheu cerca de R$ 499 bilhões, de acordo com os dados levantados pela consultoria. Em entrevista à Jovem Pan News, o economista e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, apontou as razões para a desvalorização dos papéis da Petrobras: “A explicação é muito simples, membros do chamado grupo de transição têm declarado que vão mudar a política de preços dos combustíveis, fazendo uma política através de fórmula”.
“Falam também de acabar com a política de dividendos da Petrobras, mudar inteiramente, e também em parar a privatização de refinarias e de qualquer outro ativo e investir em transição energética. Isso desagrada o mercado e faz as ações caírem. É bom que os membros do grupo de transição entendam que a Petrobras é uma empresa de capital aberto, e qualquer declaração hoje de possíveis ministros e possível presidente da Petrobras podem fazer com que a ação suba ou caia. Então, é bom tomar cuidado”, alertou Pires. Vale destacar que o presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, foi convidado para ser secretário em São Paulo no governo de Tarcísio de Freitas.
De acordo com interlocutores da estatal consultados pela Jovem Pan News, embora o mandato vá até abril de 2023, muito provavelmente Andrade deve deixar o cargo no começo do ano que vem. Nesta terça-feira, 13, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Aloizio Mercadante para o comando do BNDES. Já o nome bastante cotado para assumir a presidência da Petrobras é o do senador Jean Paul Prates (PT).
*Com informações do repórter Rodrigo Viga