Na sexta-feira (3), a Marinha do Brasil afundou o porta-aviões desativado São Paulo, que estava navegando há meses no mar depois de ser proibido de entrar no Brasil e no exterior.
A Marinha justificou o afundamento devido a avarias no casco da embarcação que comprometeriam a segurança da navegação e causariam danos à logística, à economia e até ao meio ambiente.
“O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro”, diz a força naval, por meio de nota.
A decisão de afundar o porta-aviões de “São Paulo”, veio depois que as autoridades brasileiras tentaram em vão encontrar um porto disposto a receber a embarcação.
Nesta sexta, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) autorizou que a Marinha afundasse o porta-aviões, rejeitando um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que via grave risco ambiental na decisão.
Construído no final dos anos 1950 na França, cuja marinha navegou no porta-aviões por 37 anos como Foch, o navio de guerra conquistou um lugar na história naval do século XX. O São Paulo participou dos primeiros testes nucleares da França no Pacífico na década de 1960 e teve implantações na África, Oriente Médio e na ex-Iugoslávia das décadas de 1970 a 1990.