Dados foram coletados de 2019 a 2022; todos os bairros da cidade tem pelo menos um cachorro positivo, ou seja, são reservatórios da doença e servem para transmitir para cães sadios
Nesta semana a Vigilância Municipal de Zoonoses de Barra do Garças realizou uma reunião em que foram apresentados dados que mostram que o município se encontra em "agravo endêmico" para leishmaniose.
De acordo com dados de 2019 a 2022 todos os bairros da cidade contam com cães positivos, ou seja, são reservatórios da doença e que servem para o mosquito (flebotomíneo) transmitir a doença para os cães sadios.
A informação foi confirmada pelo coordenador da Vigilância Municipal de Zoonoses, Jamal Mahmud Lucas Wadi. A Vigilância de Zoonoses é vinculada à Vigilância Ambiental, que por sua vez é ligada à Secretaria de Saúde.
O levantamento feito nos últimos quatro anos apontam que a doença tem sido recorrente e afeta a toda a cidade. "É necessário que a população se conscientize dos cuidados necessários para a eliminação do vetor, que é o mosquito "palha", transmissor da doença, que ocorre ao picar um cão infectado e posteriormente picar um cão sadio", explicou Jamal.
"Esses cuidados passam por manter o quintal limpo, sem folhas, materiais orgânicos, e ou outros materiais que sirvam de locais propícios para o mosquito. Geralmente quintais que tenham criação de galinhas são propícios. Outro cuidado recomendado é encoleirar o animal com uma coleira específica que repele o inseto. Além deses métodos, existe a vacinação contra a leishmaniose", finalizou.
É valido lembrar que endemia é diferente de epidemia. Endemia se dá quando uma doença tem recorrência em uma região, mas sem aumentos significativos no número de casos. Já epidemia é o aumento do número de casos de uma doença que supera o número esperado para a época em uma região.
A Vigilância de Zoonoses realiza o atendimento de animais com suspeita da doença. A população pode entrar em contato e solicitar atendimentos pelo Whatsapp: (66) 9 9282-2829.