O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participou nesta quarta-feira, 15, de um evento do banco BTG Pactual, em São Paulo, e aproveitou sua fala para elogiar o empenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no diálogo com as Casas Legislativas para aprovação de uma possível reforma fiscal. Na visão do parlamentar, o petista tem sido uma das figuras mais importantes de interlocução com o governo. “Ele [Haddad] não tem se furtado, se ausentado, mas tem conversado e mostrado interesse”, disse. No entanto, Lira pontuou que uma reforma fiscal “radical” não terá apoio no plenário do Congresso Nacional. “Um texto radical, para um lado ou outro, não terá sucesso”, ressaltou o presidente da Câmara após afirmar que espera um texto “equilibrado, que trate de responsabilidade fiscal sem esquecer responsabilidade social”. A frase do político alagoano coincide com os recentes discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por fim, Lira comentou sobre os recentes ataques do governo federal e de parlamentares petistas sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e disse não enxergar nenhuma “má vontade nem má-fé que justifique qualquer ação mais incisiva” do chefe do Executivo ao órgão monetário. “Não há nenhuma possibilidade de mudança em relação à autonomia do Banco Central. Lula e Campos Neto são duas pessoas que vão saber dialogar e trazer esse debate para o bastidor, ajustar o que for preciso”, finalizou.
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