Nesta segunda-feira (6), o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), disse, que o governo Lula ofereceu R$ 60 milhões em emendas do tipo RP2 (sigla para restos a pagar de anos anteriores) para parlamentares retirarem seus nomes do requerimento para abertura da CPMI sobre os atos de 8 de janeiro.
"Recebi a informação de que emissários do gov Lula estão oferecendo R$ 60 milhões em emendas para quem retirar a assinatura do requerimento para instalação da CPMI do 8 de janeiro. Em confirmando, vou buscar responsabilizar os envolvidos pela prática de corrupção ativa e passiva", escreveu o parlamentar em rede social.
Líderes de partidos aliados ao governo, como União Brasil, PSD e MDB, tentam desmobilizar a adesão de correligionários à criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que mira os atos de vandalismo de 8 de janeiro.
Conforme Gazeta Brasil relatou na semana passada, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, disse que trabalha para impedir instalação da CPMI.
"O objetivo dessa comissão, capitaneada pela oposição, é que não haja investigação. Eles só buscam obstruir as investigações em andamento, que apuram a responsabilidade de quem praticou os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023. Vamos dialogar e estamos trabalhando para desarmar essa CPMI. Alguns dos que assinaram a proposta são os mesmos que deveriam estar no rol de investigados", disse Randolfe.
Segundo o site o Antagonista, o Planalto também ameaçou não pagar emendas aos deputados de primeiro mandato que endossaram a investigação entre Câmara e Senado.