Na madrugada deste sábado (25), o Movimento dos Sem Terra (MST) invadiu uma fazenda em Hidrolândia, no interior do Goiás.
Segundo o MST, a ação foi realizada por mulheres ligadas ao movimento e faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que ocorre em todo país durante o mês de março.
“Com a nossa Jornada, denunciamos o crescimento da violência contra as mulheres do campo e esta área representa o grau de violência que sofremos”, disse o MST.
“Exigimos que esta área, que antes era usada para violentar mulheres, seja destinada para o assentamento destas famílias, para que possamos produzir alimentos saudáveis e combater a violência”, acrescentou o movimento.
A invasão acontece às vésperas do chamado “Abril Vermelho”, tradicionalmente o mês que em o movimento lidera uma série de ocupações no campo.
Nesse mês, O MST costuma invadir propriedades para pressionar por reforma agrária. Em fevereiro, a Suzano, multinacional de celulose, teve três áreas invadidas na Bahia.
As invasões coletivas de terras no Brasil em 2023 ultrapassaram todos os registros de 2019, primeiro ano de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). São 16 ocupações já registradas desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro. Em 2019, foram 11 ocupações, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
GAZETA BRASIL