O Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou nesta quinta-feira, 13, a respeito da recente declaração do ministro Luís Roberto Barroso contra o bolsonarismo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou nesta quinta-feira, 13, a respeito da recente declaração do ministro Luís Roberto Barroso contra o bolsonarismo. Após as falas do magistrado viralizarem nas redes sociais e parlamentares da oposição anunciarem que vão pedir o impeachment do ministro, a Corte divulgou uma nota em que afirma que a frase "Nós derrotamos a ditadura e o bolsonarismo", dita por Barroso durante discurso, se referia “ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição”. “O Ministro do STF Luís Roberto Barroso, o Ministro da Justiça, Flavio Dino, e o Deputado Federal Orlando Silva estiveram juntos, no Congresso da UNE, para uma breve intervenção sobre autoritarismo e discursos de ódio. Todos eles participaram do Movimento Estudantil na sua juventude. Apesar do divulgado, os três foram muito aplaudidos. As vaias – que fazem parte da democracia – vieram de um pequeno grupo ligado ao Partido Comunista Brasileiro, que faz oposição à atual gestão da UNE”, também diz o texto.
A manifestação da Corte acontece após repercutir nas redes sociais vídeos com trechos do discurso de Luís Roberto Barroso em evento da União Nacional dos Estudantes (UNE). Na ocasião, o ministro era vaiado por estudantes e disse que “aqueles que gritam, que não colocam argumentos na mesa, isso é o bolsonarismo”. “Lutei contra a ditadura e contra o bolsonarismo. Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, completou. Nesta quinta, parlamentares da oposição anunciaram que pretendem apresentar pedido de impeachment do ministro. Entre outros coisas, eles criticam a fala e a postura do magistrado, apontam crime de responsabilidade e questionam se as decisões do magistrado são “tendenciosas”. “Se, por um milagre, houver justiça nesse país, a perda do cargo é inegável”, disse o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).