O ex-policial militar Élcio Queiroz, apontado como um dos executores do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, deu novas informações sobre o caso em uma delação premiada. Queiroz afirmou que o crime foi orquestrado por um grupo liderado pelo contraventor Bernardo Bello.
Bello está foragido e é suspeito de ser um dos chefes do jogo do bicho no Rio de Janeiro. Ele foi alvo da Operação Ás de Ouros II, da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro, nesta semana, mas não foi encontrado.
Queiroz também deu o nome do policial militar Edimilson Oliveira da Silva como quem teria contratado o ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado pelas investigações como o executor de Marielle e Anderson. Queiroz disse ainda que a arma usada para matar Marielle foi desviada do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
O Disque Denúncia divulgou neste sábado (29) um cartaz pedindo informações sobre Bernardo Bello Pimentel Barboza. O procurado presidiu a escola de samba Unidos de Vila Isabel entre 2017 e 2018.
Investigações apontam que Bernardo Bello se tornou um dos chefes do jogo do bicho no Rio após romper com a mulher e com toda a família dela, a família Garcia, em uma ascensão marcada a sangue, segundo as investigações.
Bello se casou com a filha do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho, assassinado em setembro de 2004. Com a morte do contraventor, os negócios da família Garcia seriam herdados pelo irmão dele, Alcebíades Paes Garcia, o Bid, que também foi executado em fevereiro de 2020, quando voltava do desfile de carnaval na Marquês de Sapucaí. Segundo investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), a morte teria sido motivada por uma disputa com Bernardo Bello pelo controle dos pontos da contravenção na Zona Sul do Rio.
Bernardo Bello chegou a ser preso em janeiro de 2022, na Colômbia, mas foi solto após a Justiça acolher um habeas corpus e determinar a liberdade do contraventor. A Polícia Civil do Rio e o MPRJ tentam prendê-lo desde novembro do ano passado.
Quem tiver informações sobre a localização de Bernardo Bello, e também pontos de bingos clandestinos sob sua responsabilidade, denuncie de forma anônima ao Disque Denúncia.
Central de atendimento: (021) – 2253 1177 ou 0300-253-1177 WhatsApp: (021) – 2253 1177 (técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa) Aplicativo: Disque Denúncia RJ
O anonimato é garantido.
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