O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (17) que a Polícia Federal (PF) investigue o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, por possíveis irregularidades cometidas no dia 8 de janeiro.
A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que Dias pode ter cometido prevaricação, que é o ato de omitir-se em punir um crime ou ato ilegal.
O pedido de investigação foi motivado por imagens que mostram Dias no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, sem dar voz de prisão aos que depredavam o prédio. Dias era o chefe do GSI na época dos atos de vandalismo.
O general nega ter cometido qualquer irregularidade e já foi ouvido pela CPI do 8 de Janeiro no Congresso Nacional. Na ocasião, ele afirmou que não tinha conhecimento do risco de manifestações e que não teve acesso a relatórios da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) antes dos atos.
. Dias ocupou o cargo de liderança do GSI no período entre 1º de janeiro e 19 de abril. Em sua defesa, ele nega ter cometido prevaricação e afirmou que não tinha conhecimento do risco de manifestações. Durante depoimento na CPI do dia 8 de janeiro, ele também alegou não ter tido acesso aos relatórios da Abin antes dos atos e sugeriu que houve manipulação de documentos enviados ao Congresso Nacional.
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