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O Brasil é o império da matança

O Brasil é o império da matança, da impunidade e da corrupção que corrói as instituições.


O Brasil é o império da matança, da impunidade e da corrupção que corrói as instituições.

A frase é geral e irrestrita, tem limites e precisa, em óbvio, ser vista em contexto: quem mata, porque mata e como o estado da matança segue uma escalada que parece não ter limites. É uma provocação para a devida reflexão.

Há a matança oficial, das ações em confrontos com criminosos, das Polícias Militares na maioria dos estados brasileiros. Autorizados pela política pública de desprezo à lei, em muitos casos a PM mata quando podia prender. Por essa lógica, se o policial está autorizado pelo poder político a matar, por que vai prender? Essa matança recebe também a aprovação popular, que acredita que "eliminar o CPF" é o trabalho bom a ser feito pela segurança da população.

É fato, conforme registra a mídia diariamente: em estados como a Bahia, o Rio de Janeiro, e Mato Grosso, mata-se como nunca ou mata-se como sempre. Uma diferença dos novos tempos é que agora há uma celebração midiática desta política de governo que dispensa a lei. O risco destas operações sem freio legal, com policiais, autorizados a matar, será quando um inocente filho de gente rica e importante for assassinado por engano. Enquanto morrer bandido com ficha criminal ou morrer inocente pobre, essa matança oficializada seguirá em alta.

Há também, de outro lado, a matança entre as quadrilhas que disputam o comando do mercado do crime, do tráfico de drogas ao uso de lotações, gatonet, jogo do bicho, ou qualquer outra atividade que renda lucro. No Rio de Janeiro, três médicos foram mortos esta semana quando estavam num quiosque na Barra, zona oeste da cidade. Ao que tudo indica foram mortos por engano. Os matadores confundiram um dos médicos como o filho de um líder miliciano de um grupo rival da exploração do mercado do crime. Segundo informações, os matadores já teriam sido mortos, pagando com a vida pela matança de gente errada.

Segundo o Blog do Noblat, a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado não querem repetir a ineficiência no caso dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. A dupla foi executada em março de 2018 e até hoje os crimes não tiveram solução. Suspeitos foram presos, mas ainda não se sabe quem mandou matar e o porquê. Agora, com o caso dos médicos, os investigadores querem evitar repetir o trauma.

Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida morreram na madrugada de quinta-feira (05/10), vítimas de atiradores, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, delegou um promotor a acompanhar o caso. A medida visa um trabalho conjunto de diversas forças para a resolução do crime "acompanhando, cooperando com a polícia e até realizando diligências", disse.

Há uma diferença que parece ser evidente entre a motivação do assassinato da vereadora Marielle Franco e a dos médicos. Marielle foi morta por conta do seu ativismo, por conta da sua ação de enfrentamento político contra os interesses do crime organizado no Rio. Os médicos, mesmo que um deles fosse parente de uma parlamentar federal de São Paulo, teriam sido mortos por engano pelo crime organizado, estavam no lugar errado na hora errada, sem nenhuma conotação política.

Mas ambos os crimes têm a mesma marca exemplar do Brasil Império da Matança. Essa matança ocorre livre e solta, mata-se de forma mais planejada, como foi o assassinato de Marielle, mas mata-se à luz do dia ou à noite, em lugares públicos, com "câmeras de segurança" ou na frente de testemunhas. O livre matar é a prática sustentada na crença de que a impunidade é real e certa. Os criminosos têm a segurança do estado corrompido, ineficiente e leniente.

Com a sociedade sem poder de indignação e reação, e até com muitos brasileiros apoiando a ação da polícia de "eliminação de CPF" ou comemorando a morte de bandidos em confrontos de quadrilhas, a matança segue em alta no país.

PBN Online

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