Vereador encontra "arquivos suspeitos" em notebook de Prefeitura e entrega à PF

O vereador e pré-candidato à reeleição em Bom Jardim de Goiás (GO), Luiz Marco Mineiro (Podemos), tomou uma atitude republicana ao entregar um notebook pertencente à Prefeitura Municipal à Delegacia da Polícia Federal de Jataí (GO). Sua decisão foi motivada após a descoberta de supostos arquivos que levantaram suspeitas sobre a lisura da administração pública.

O fato foi registrado em um boletim de ocorrência datado do último dia 26 de abril, na Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Aragarças (GO). Conforme relatos presentes no documento, o vereador, na qualidade de presidente municipal do partido União Brasil (UB), era encarregado de realizar filiações de novos membros de forma online. No entanto, devido a problemas técnicos em notebook pessoal, as atividades estavam comprometidas.

Para contornar a situação, Estênio José Martins, atual secretário municipal, disponibilizou um computador para auxiliar Luiz nas filiações junto à Justiça Eleitoral. No entanto, após o vereador decidir migrar para o Podemos durante a janela partidária (período destinado para a troca de partidos), o secretário solicitou a devolução do equipamento, alegando que o mesmo pertencia à Prefeitura de Bom Jardim de Goiás.

Ao examinar os arquivos do computador, segundo Luiz, foram encontrados conteúdos suspeitos, como possíveis falsificações de documentos públicos, lista de pacientes do SUS com números de títulos de eleitores, notas fiscais e outros documentos de origem duvidosa.

Diante das descobertas, o vereador entrou em contato com autoridades para denunciar os fatos. O parlamentar chegou inclusive a participar de uma videoconferência com o promotor de Justiça da comarca de Aragarças, que o orientou entregar o notebook à Polícia Federal.

O vereador Luiz compareceu à Delegacia da Polícia Federal de Jataí em 11 de abril, onde entregou o computador que possivelmente será periciado.

OUTRO LADO

Em contato na tarde de hoje (29), com o prefeito de Bom Jardim de Goiás (GO), William Gregório (União Brasil), disse ter conhecimento sobre o fato, mas que está em investigação e que foi orientado a não tratar do assunto até que haja resolução do mesmo.

A Redação tentou contato com o secretário Estênio José, citado no boletim de ocorrência, mas o telefone estava desligado. O espaço segue aberto.