O Ministério Público Federal (MPF) iniciou a investigação sobre o desabamento do vão central da ponte Juscelino Kubitschek, que liga os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) no Rio Tocantins. O colapso da estrutura, ocorrido em 22 de dezembro, resultou no desaparecimento de pelo menos 14 pessoas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em um documento assinado pelos procuradores da República Alexandre Silva Soares e Thayná Freire de Oliveira, o MPF destacou preocupações com a possível contaminação das águas do Rio Tocantins, em razão da queda de veículos no rio, incluindo caminhões que transportavam ácido sulfúrico e agrotóxicos. A situação gerou o temor de impactos socioambientais, como a poluição da água e a interrupção dos serviços de abastecimento na região.
Diante disso, o MPF instaurou um procedimento preliminar, conhecido como notícia de fato, para avaliar as consequências ambientais e os riscos decorrentes do acidente. O procedimento foi baseado em informações da Companhia de Saneamento do Maranhão (Caema) e da Prefeitura de Estreito. O MPF solicitou, com urgência, o envio de equipes da Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão e do Ibama para a área afetada, além de determinar, se necessário, a coleta de amostras para análise, o isolamento de locais contaminados e a adoção de medidas para conter a poluição.
Foi solicitada ainda à Caema informações sobre a qualidade da água e a suspensão dos serviços de abastecimento em razão da possível contaminação. Ofícios também foram encaminhados à Prefeitura de Imperatriz e à Prefeitura de Estreito, pedindo detalhes sobre a interrupção no fornecimento de água.
A investigação, que segue em estágio inicial, vai apurar as causas do desabamento, os danos ambientais causados pela queda dos caminhões e os impactos sobre a fauna, flora e o abastecimento de água local. O MPF visa responsabilizar os envolvidos e garantir a reparação dos danos, assegurando a proteção ambiental e a segurança da população.
GAZETA BRASIL