A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi sequestrada nesta quinta-feira (9) em Caracas, durante um ato de protesto contra o regime de Nicolás Maduro. De acordo com informações do partido Vente Venezuela, Machado foi levada à força por agentes de segurança do regime, sendo forçada a gravar vídeos durante o período de sequestro. Após algumas horas, ela foi libertada, mas o incidente gerou grande apreensão.
ÚLTIMA HORA | Difunden video de María Corina Machado, tras reportes de detención: “Estoy bien, estoy segura (Â…) me persiguieron, ya estoy bien a salvo” https://t.co/9MGxAwkBCs pic.twitter.com/f6MIPbZhYt
— AlbertoRodNews (@AlbertoRodNews) January 9, 2025
Segundo relatos, o sequestro ocorreu após a saída de Machado de uma concentração no bairro de Chacao, em Caracas. A líder oposicionista estava sendo transportada em uma moto quando foi interceptada por forças de segurança, que dispararam armas de fogo durante a ação. A informação foi confirmada pelo partido Comando Con Venezuela, que também divulgou que Machado seria levada para o exterior nas próximas horas para explicar os acontecimentos.
Nas redes sociais, o Ministério de Comunicação da ditadura venezuelana divulgou um vídeo onde Machado relatava que estava sendo perseguida pelas autoridades. Em sua mensagem, ela mencionou que estava sendo forçada a gravar os vídeos e expressou preocupação com a gravidade da situação.
O incidente ocorre em um contexto de crescente tensão no país, onde o regime de Maduro se prepara para a posse de seu controverso terceiro mandato consecutivo. A oposição convocou novas manifestações, enquanto o chavismo organizou um protesto paralelo em apoio ao presidente. A situação gerou condenação internacional, principalmente após uma nova onda de detenções de opositores e líderes da sociedade civil.
Machado, por sua vez, reforçou seu compromisso de continuar a luta, escrevendo em sua conta no X (antigo Twitter): "Nos encontraremos em toda Venezuela, com serenidade, com firmeza e com a mesma energia que saímos no dia 28 de julho para vencer." A líder da oposição segue sendo uma figura central na resistência ao regime de Maduro, mas as circunstâncias de sua detenção ainda geram muitas dúvidas e incertezas.
GAZETA BRASIL