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Trump inicia negociações com Egito e Jordânia para implementar plano em Gaza

Donald Trump receberá na Casa Branca o rei Abdullah II da Jordânia e o presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, para avançar em sua iniciativa sobre Gaza, que envolve deslocar cerca de 2 milhões de palestinos, tomar o controle territorial da Faixa e iniciar um processo de reconstrução que duraria 15 anos.

Por Comando da Notícia

05/02/2025 às 15:02:15 - Atualizado há
Foto: VOA Português

Donald Trump receberá na Casa Branca o rei Abdullah II da Jordânia e o presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, para avançar em sua iniciativa sobre Gaza, que envolve deslocar cerca de 2 milhões de palestinos, tomar o controle territorial da Faixa e iniciar um processo de reconstrução que duraria 15 anos.

Abdullah II e El-Sisi têm previsto chegar a Washington na próxima semana para seus encontros bilaterais no Salão Oval, mas já anteciparam de Amã e Cairo que não compartilham o projeto geopolítico do presidente dos Estados Unidos.

A posição da Jordânia e do Egito é apoiada pela Arábia Saudita, que é uma peça-chave na iniciativa de Trump. O líder republicano considera que Riad pode compensar o poder regional do Irã através de um acordo diplomático com Israel, uma hipótese de trabalho rejeitada por Mohammed bin Salman, primeiro-ministro saudita.

Bin Salman adiantou a Stevie Witkoff -enviado de Trump para o Oriente Médio- que só faria um acordo com Israel se Benjamin Netanyahu reconhecesse a existência do estado palestino. Nas atuais circunstâncias, com o plano para Gaza anunciado por Trump, essa possibilidade não existe.

Avaliando a proposta de Trump, a Casa Branca propôs terminar com Gaza como parte da Palestina e transformar a Faixa em uma estância balneária nas costas do Mediterrâneo. "Os Estados Unidos tomarão o controle da Faixa de Gaza e também faremos um trabalho lá", afirmou Trump. "Poderia se tornar a Riviera do Oriente Médio".

A proposta de Trump sobre Gaza foi avaliada por Netanyahu, que não parava de sorrir diante dos jornalistas que ocupavam o Salão Leste da Casa Branca. O primeiro-ministro israelense retornará a Jerusalém com o respaldo explícito dos Estados Unidos, mas isso não implica que o conflito com o Hamas tenha terminado.

Ao contrário.

"A iniciativa de Trump é uma receita para criar caos e tensão na região. Nosso povo em Gaza não permitirá que esses planos se tornem realidade", afirmou Sami Abu Zuhri, porta-voz da organização terrorista.

E acrescentou: "O que se precisa é o fim da ocupação e da agressão contra nosso povo, não expulsá-lo de sua terra".

O cessar-fogo entre Israel e o Hamas tem três fases. A primeira conclui no início de março e estabelece a liberdade de 33 reféns judeus -vivos e mortos- em troca de centenas de prisioneiros palestinos condenados por terrorismo, a entrada de ajuda humanitária na Faixa e a possibilidade de milhares de civis deslocados pela guerra se moverem do sul ao norte de Gaza.

Os termos da trégua também estabelecem que a segunda fase deve resultar na liberdade do restante dos sequestrados -quase 80 entre vivos e mortos- e a retirada total das Forças de Defesa de Israel (IDF) posicionadas nos corredores de Filadélfia e Netzarim, que são fundamentais para evitar que o Hamas reconstrua seu arsenal e ocupe posições de ataque no norte de Gaza.

O plano para Gaza anunciado por Trump e apoiado por Netanyahu colocou em xeque a continuidade da trégua entre Israel e o Hamas. Estava previsto que este fim de semana chegassem a Doha os representantes de Netanyahu e da organização terrorista, que, mediados pelo emir do Catar Tamim Bin Hamad Al Thani, iniciariam a negociação para implementar a segunda fase do cessar-fogo.

No entanto, até a noite passada, no Catar, Egito, Israel e Gaza, não se confirmava que as delegações chegariam a Doha para preservar a trégua, quando em 48 horas o Hamas deve anunciar a libertação de outros três reféns sequestrados durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.

É muito provável -asseguravam ontem na Casa Branca- que as negociações em Doha sejam adiadas até os encontros que Abdullah II e El-Sisi manterão com Trump.

Nesse contexto, o Hamas deve libertar três reféns neste sábado. Caso contrário, romperá unilateralmente a vigência da trégua firmada há apenas 18 dias.

Fonte: GAZETA BRASIL
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